Política

Discreto, Maggi começa articulação em favor de Taques

9fe6c9b5b80a73e4b05b818ef9088374Silenciosamente, o senador Blairo Maggi (PR) começou uma articulação nos bastidores para respaldar a candidatura do também senador Pedro Taques (PDT) ao Palácio Paiaguás, no ano que vem.

Nas últimas semanas, o ex-governador decidiu agir para minimizar possíveis desgastes que o ex-procurador da República acumularia junto a alguns segmentos, sobretudo, o do agronegócios.

Discreto, Maggi pretende aparar o máximo possível de arestas para, posteriormente, e se for o caso, declarar seu apoio público ao projeto do colega.

Apesar das fortes pressões que recebe do PR, e da base que dá sustentação ao Governo de Silval Barbosa, para assumir uma terceira disputa ao Governo do Estado, Maggi, o único, hoje, com viabilidade eleitoral no grupo, tem repetido, à exaustão, o mantra de que não é candidato.

Até pouco tempo, sua posição não era levada muito a sério pelos companheiros, pois, em 2010, quando se elegeu ao Senado, Maggi também garantia que não seria candidato – e só mudou de ideia aos 45 minutos do segundo tempo.

Mas, agora, algumas evidências levam o seu próprio grupo a acreditar que Maggi teria descartado, mesmo, a possibilidade de ser candidato. A articulação pró-Taques é uma delas.

“Não tenho nenhuma restrição em relação ao Pedro Taques. Aliás, não tenho nenhuma dificuldade em apoiá-lo. Aprendi a conviver com ele no Senado e o respeito muito”, afirmou ao MidiaNews.

Um fato que reforça a possibilidade de apoio a Taques (e a tornaria “natural”) é que ambos estiveram no mesmo palanque no ano passado, na campanha eleitoral do atual prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB).

Além da declaração pública de que poderá apoiar o colega senador, Maggi liberou, de vez, seu partido, o PR. “Não posso segurar ninguém. Todos têm o direito de trabalharem os seus projetos, desde agora”, disse.

PR liberado

O deputado estadual Mauro Savi (PR), até recentemente um dos principais entusiastas da tese do terceiro mandato de Maggi, já “abriu”.

Atualmente, ele anda “colado” ao juiz federal Julier Sebastião da Silva (sem partido), que vislumbra o Paiaguás. Savi estaria articulando para se viabilizar como seu candidato a vice.

Outro parlamentar que também sinaliza que desistiu do projeto “Maggi 2014” é Emanuel Pinheiro (PR). Hoje, ele está próximo de Taques e nem cogita mais a candidatura do senador da sigla.

Oficialmente, porém, Maggi defende que o PR, e todos os partidos que dão sustentação ao Governo Silval, lancem candidatos próprios. Foi dele a ideia de colocar o nome do ex-prefeito Maurício Tonhá, o “Maurição”, de Água Boa, como pré-candidato do PR.

“O ideal seria que todos os aliados lançassem candidatos no primeiro turno. Isso fortaleceria o grupo e forçaria o segundo turno”, disse.

Com a fervura nos bastidores aumentando, com vistas à disputa eleitoral de 2014, o PR deve se reunir, novamente, nesta semana. Na ocasião, Maggi deverá, apesar dos constrangimentos políticos ao grupo, reiterar seu posicionamento de que descartou a disputa.

Mesmo com as evidências, no entanto, e considerando-se a dinâmica da política, alguns poucos ainda vislumbram uma – cada vez mais improvável – mudança na cabeça do senador.

Midia News

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