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Em denúncia, MP pede prisão de tenente dos bombeiros após morte de aluno que passou mal em treinamento

Ministério Público Estadual (MPE) denunciou à Justiça a tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps por crime de tortura após a morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, que passou mal durante um treinamento. Na denúncia, feita através da 24ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, o órgão também solicitou a prisão preventiva da tenente.

Por meio da defesa, a tenente afirmou que ainda não foi notificada e não esperava a denúncia do MPE.

Rodrigo Claro, de 21 anos, morreu no dia 15 de novembro, após passar mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, na qual a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.

Segundo a denúncia, apesar de apresentar excelente condicionamento físico, Rodrigo demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios.

Em mensagem enviada para a mãe, Rodrigo disse que estava com medo (Foto: Reprodução/TVCA)

No dia em que passou mal, Rodrigo relatou o medo de participar das atividades em mensagens para a mãe.

“Ele me mandou uma mensagem no mesmo dia, dizendo que estava com muito medo porque uma Tenente que ‘pega no pé’ dele estaria lá. Até parece que ele já sabia o que ia acontecer”, contou à época Jane Patrícia Lima Claro, mãe do jovem.

Ainda de acordo com a denúncia, depoimentos durante a investigação apontam que ele foi submetido a intenso sofrimento físico e mental com uso de violência. A atitude, segundo o MP, teria sido a forma utilizada pela tenente para punir o aluno pelo mal desempenho.

“Os métodos abusivos praticados pela instrutora consistiram tanto de natureza física, por meio de caldos com afogamento, como de natureza mental utilizando ameaças de desligamento do curso com diversas ofensas e xingamentos humilhantes à vítima menoscabando sua condição de aluno”, diz trecho da denúncia.

Além da prisão, o MPE solicita na denúncia a perda do cargo público da tenente e de outros cinco militares dos bombeiros e o pagamento solidário das despesas com o tratamento da vítima, antes da morte, o funeral e o luto da família.

Fonte: G1-MT

 

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