Política

Estado descarta abandonar VLT e sinaliza com PPP para concluir obra

Secretário da Casa Civil afirma que consultoria definirá melhor forma de concluir modal

fd6c2fc2f78ceca9aa6fcd1d5a12abd6O secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, declarou nesta sexta-feira (11) que o governo do Estado aguarda estudos técnicos que serão concluídos pela KPMG Consultoria LTDA para, a partir daí, avaliar a viabilidade da retomada das obras do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos).

A declaração foi dada após participar da Frente Parlamentar Pró-VLT lançada na Assembleia Legislativa que tem como bandeira a defesa da retomada das obras em Cuiabá e Várzea Grande.

Conforme Taques, são necessários diversos esclarecimentos antes de qualquer medida administrativa. “A empresa vai dar respostas a questionamentos que precisamos ter esclarecido.  Qual o custo da passagem? Quanto já foi gasto e o valor efetivamente pago? Esses vagões que estão paralisados podem chegar até onde? Somente após ter resposta a essas indagações que o governador vai tomar uma decisão”, disse.

Diante do desaquecimento da economia brasileira que indica recessão nos próximos anos, o que atinge diretamente municípios e Estados por conta da baixa arrecadação de impostos, Taques afirma que uma das modalidades viáveis para garantir a retomada das obras é uma PPP (Parceria Pública Privada), na qual uma empresa privada se comprometeria a concluir as obras e vencer a concessão para administrar o modal de transporte pelos próximos 30 anos. “É preocupante e delicada a situação financeira. Imagine que teremos que gastar R$ 200 milhões a mais para concluir as obras do VLT? Não sabemos hoje de onde tirar esse dinheiro. Uma PPP é uma saída, mas qualquer decisão só será tomada após estudos técnicos”.

Taques negou, no entanto, que o Estado tenha o propósito de abandonar a obra. “A desistência não é uma opção. A medida é encontrar alternativas para concluir o VLT”.

O líder da Frente Parlamentar Pró-VLT, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), disse que concorda com a decisão do governo do Estado em aguardar estudos técnicos para tomar uma decisão administrativa. “Eu considero coerente, apesar de questionar a escolha e indicação da empresa, entendo que é necessária uma consultoria para saber porque a obra está paralisada faz um ano. Precisamos saber se ficará mais cara por conta da paralisação, quando a obra será concluída e a operação do sistema”.

O parlamentar ainda defendeu uma PPP para que seja concluída a obra do VLT. “Isso é um projeto plenamente viável e a parceria pode ser aplicada. Tenho certeza que haverá empresas interessadas em concluir a obra e tocar a concessão que é um negócio altamente lucrativo”.

Conforme Emanuel Pinheiro, a Frente Parlamentar Pró-VLT  tem a missão de dar celeridade, acompanhar e auxiliar o governo do Estado na retomada e conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. A partir de agora a frente vai realizar audiências públicas para ouvir a comunidade, empresários, as duas prefeituras envolvidas, o governo do Estado e o consórcio responsável pela implantação do modal que deveria ter sido concluído para a Copa do Mundo de 2014.

As obras do VLT começaram com custo estimado em R$ 1,477 bilhão. Embora não tenha sido concluída, já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos. O modal de transporte está programado para percorrer 22,2 km nos trechos CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro.

O lançamento da Frente Parlamentar Pró-VLT foi prestigiada por autoridades como o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), o ex-senador Jayme Campos (DEM), o deputado federal Fábio Garcia (PSB) e o senador Wellington Fagundes (PR).

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