“Eu só ajudei para defender meu marido”, justifica mulher envolvida em assassinato de neto de juiz
“Eu só ajudei para defender meu marido”. A declaração é de Atyucha da Silva Rosa, 27, que confessou a morte do jovem Harrison Pablo Rodrigues do Amaral, de 18 anos, registrada na data de 17 de julho. O jovem estava desaparecido desde 17 de julho.
Atyucvha e o marido, Thiago de Souza Moraes, de 29 anos, foram presos pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nessa semana e confessaram o crime. O casal era vizinho à casa da família do rapaz, no bairro Doutor Fábio, na capital.
Após 14 dias, o corpo do adolescente foi encontrado embaixo da ponte Júlio Campos, na Rodovia dos Imigrantes, no limite entre as cidades de Cuiabá e Várzea Grande, na data de 31 de julho.
Segundo Thiago, antes de virar evangélico, ele havia lutado capoeira. “Antes de entrar pra congregação, eu lutava capoeira e quando ele chegou à minha casa, com uma faca, e disse que queira roubar lá, nós brigamos e eu dei uma mata-leão nele. Depois usei a faca dele”. As declarações de Thiago e de Atyucha foram apresentadas pela TV Record na manhã deste sábado (1).
O jovem e Thiago mantinham uma espécie de relação comercial. O rapaz que já teve problemas com drogas, teria uma espécie de contrato com Thiago, que lhe cedia uma moto para entrega de drogas. Na versão apresentada por Thiago, Harrison o teria ameaçado e também se mostrava interessado em roubar a residência dele. Por esse motivo, eles brigaram e o rapaz morreu ao receber várias facadas.
Para que seja comprovada a identificação, os peritos que atuam junto ao Instituto Médico Legal (IML) recolheram um pedaço de epiderme da mão do jovem e estão reidratando o material para que possa auxiliar no procedimento de identificação. Segundo o IML, a vítima foi encontrada em fase de esqueletização.
Ao Olhar Direto, os familiares de Harrison confirmaram que ele era havia enfrentado problemas com tráfico de drogas. A família suspeita que o casal de vizinhos tivessem participação no sumiço do rapaz. Thiago havia dito ao pai de Harrison, Leopoldo Amaral, que ele deixou o bairro na noite de 17 de julho para ir a uma festa no bairro CPA II.
Dois dias depois do sumiço, Leopoldo chegou a levar o casal para a 2ª Delegacia do Carumbé onde ambos negaram participação no crime. Na ocasião, a mulher apresentou inúmeros arranhões e justificou que havia se ferido ao auxiliar o marido na instalação de cercas elétricas.
Os criminosos já foram encaminhados para unidade penitenciária.
Harrison é neto do juiz Leopoldino Marques do Amaral, assassinado em 1999 após denunciar um esquema de venda de sentenças no Estado.
Olhardireto