Política

Ex-deputado de MT é internado e audiências na Justiça são remarcadas

José Riva foi internado em hospital particular por problemas renais.
Réu é acusado de peculato e formação de quadrilha.

Jose-Riva_6As duas audiências das quais o ex-deputado estadual, José Riva (PSD) participaria na tarde desta terça-feira (14) na 7ª Vara Criminal de Cuiabá foram remarcadas para o dia 29 de setembro. O réu passou mal durante a madrugada com cólica renal e está internado em um hospital particular de Cuiabá, informou a defesa. Ele é acusado de lavagem de dinheiro e peculato. O acusado responde a mais de 100 ações, entre cíveis e penais.

Riva foi preso duas vezes neste ano, durante as operações Imperador e Ventríloquo, ambas do Gaeco, mas está em liberdade desde o dia 1º de julho por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os dois processos das audiências que seriam realizadas nesta terça são oriundos da mesma denúncia, mas foram desmembrados em função do número de réus, informou o Ministério Público do Estado. Um deles é o ex-conselheiro Humberto Bosaipo, que na época dos supostos crimes era deputado estadual.

Riva é acusado pelo MPE, juntamente com os demais réus, de ter criado empresas fantasmas – como a Ed Maluco Reparos e Serviços Ltda – para desviar dinheiro dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Na época, o ex-deputado ocupava o cargo de primeiro secretário do legislativo estadual.

O desvio foi de R$ 1,9 milhão, afirma o MPE. Os cheques emitidos para a Ed-Maluco eram enviados pelos então deputados para a Confiança Factoring – que pertencia ao ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro -, da qual os ex-parlamentares emprestavam dinheiro para pagar despesas pessoais ou de campanhas eleitorais.

“Em troca, para garantir a quitação das referidas operações, entregavam à Confiança Factoring cheques emitidos contra a conta corrente da Assembléia Legislativa deste Estado”, diz trecho da denúncia.

Os cheques nominais à empresa fantasma eram encaminhados pelos parlamentares para a Confiança e trocados por dinheiro ou cheques emitidos pela factoring nominais para Riva ou pessoas indicadas por ele.

“Posteriormente os cheques emitidos contra a conta corrente da Assembléia Legislativa Estadual eram compensados ou sacados em prol da Confiança Factoring, fechando-se assim o círculo criminoso de desvio e apropriação indevida de dinheiro público”, consta de outro trecho da denúncia do MPE.

Liberdade
Riva foi preso duas vezes em 2015. Na primeira, ficou atrás das grades por pouco mas de quatro meses. Na segunda, ficou menos de 24 horas. As prisões foram determinadas pela juíza Selma Rosane dos Santos Arruda, para que o réu não atrapalhasse o andamento das ações. As solturas foram determinadas pelo STF.

G1-MT

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