Polícia

Ex-diretor e agentes são afastados após fuga de 27 presos em cadeia

agentesO ex-diretor e seis agentes penitenciários envolvidos na fuga em massa da Cadeia Pública de Nova Mutum, a 260 km de Cuiabá, foram afastados judicialmente das funções e tiveram a indisponibilidade de bens determinada pela Justiça, que acolheu liminar do Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso. No dia 5 de fevereiro, 27 presos fugiram pela porta da frente da cadeia, depois que duas mulheres seduziram e doparam dois agentes penitenciários durante uma ‘festinha’, libertando os detentos da unidade. Os servidores respondem por facilitação de fuga e corrupção. O último levantamento da Polícia Civil apontou sete, dos 27 que fugiram, continuam foragidos.

Segundo o MPE, a Cadeia Pública, as casas dos agentes e a residência do ex-diretor foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (5). Foram apreendidos equipamentos eletrônicos, notebooks, documentos e duas armas. Conforme o órgão, os documentos poderiam comprovar os supostos pagamentos no esquema de corrupção investigado na unidade prisional.

Dos sete citados, três estão presos, sendo o ex-diretor e dois agentes, detidos na Cadeia de Santo Antônio do Leverger, a 35 km da capital mato-grossense. Conforme o MPE, os agentes são acusados de exigir o pagamento de propina para facilitar a entrada de aparelhos celulares, bebidas e drogas dentro da Cadeia Pública de Nova Mutum. Até mesmo churrascos vinham sendo realizados no interior da unidade prisional.

Depoimentos colhidos pelo MPE, no decorrer das investigações, demonstram que as práticas de corrupção ocorreram por diversas vezes. Consta na ação cautelar que as propinas exigidas pelos agentes carcerários para concessão de benefícios aos presos variavam de R$ 800 a R$ 1,5 mil.

As duas jovens que teriam seduzido os agentes estão presas na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá. Segundo a delegada responsável pelo caso, Angelina de Andrade, as investigações sobre a fuga da Cadeia de Nova Mutum já foram concluídas. Porém, os investigadores continuam trabalhando para identificar denúncias de corrupção e irregularidades que ocorriam na unidade prisional.

TVCA

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