Exonerado, ex-servidor da Seduc continuou atuando para empresários
Wander é professor concurso e deve responder PAD
As investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) relacionados a Operação Rêmora apontam que mesmo demitido do cargo de Superintendente de Infraestrutura Escolar da Secretaria de Estado de Educação, Wander Luiz dos Reis continuou a representar interesses de empresários relacionados a pagamentos de dinheiro desviado de obras destinadas a reforma e construções de unidades escolares. É o que revela as investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) relacionadas a “Operação Rêmora”, deflagrada a uma semana.
Wander, de acordo com relatório policial, atuaria em parceria com o ex-assessor especial da Seduc, Fábio Frigeri, também preso. “Na gravação ambiental, consta que os empreiteiros reconhecem que Wander Luiz dos Reis estava plantado dentro da Seduc/MT para representar os interesses do núcleo de empresários. A interceptação telefônica revelou que não obstante estivesse desligado da Seduc/MT, Wander continuou a dar suportes as atividades ligadas a pagamentos relativos a execução dos contratos administrativos firmados pela Seduc/MT em sintonia com Fábrio Frigeri”, diz um dos trechos de um relatório do Gaeco ao qual FOLHAMAX teve acesso.
A conclusão do poder de influência se deu com base em uma interceptação telefônica na qual uma secretaria de Wander Luiz dos Reis convoca empresários para participar de conversas na sede da Seduc. Antes considerado foragido da Justiça, Wander Luiz dos Reis foi preso na quinta-feira (5) no Rio Grande do Norte.
Ele passava férias com a família e já foi transferido para Cuiabá onde deverá prestar depoimento. Ele está no CCC (Centro de Custódia de Cuiabá).