Família adotiva da menina Ida Verônica não se conforma com a suspensão das investigações
A família adotiva da menina Ida Verônica, sequestrada em abril de 2013, no bairro Porto – em Cuiabá, não se conforma com o fim das investigações conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
De acordo com a irmã adotiva da menina, Daniele Siqueira, mesmo sabendo que é grande a possibilidade da criança estar junto da mãe biológica, o fim das investigações deixa a dúvida no ar. “Sabemos sim que ela pode estar com a mãe, mas o fato de não ter provas certas deixa toda a família apreensiva”.
À época em que as investigações foram suspensas, o delegado da Polícia Civil, Flávio Stringueta, afirmou ao RepórterMT que o Serviço de Inteligência da Polícia Civil conseguiu obter uma foto particular da menina junto com a mãe biológica, a dominicana Élida Isabel Feliz, no entanto, negou a informação que o pai biológico, o italiano Pablo Milano Escafulleri, estaria vivendo também com a mulher e a criança.
Mesmo com a resposta do Gaeco, Daniele afirma que a mãe não aceita o sequestro e o desfecho da situação. “Mais de um ano depois do sequestro, minha mãe ainda não aceita o fato de levarem de forma tão brutal a menina. Ela começou a se recuperar agora de uma depressão profunda. A família toda continua triste mesmo com o passar do tempo”. Daniele explica ainda que não houve nenhum contato da família biológica, por isso a incerteza continua.
“Só queremos saber se ela está bem, assim tranquilizaremos nossos corações. O importante é ela estar feliz”, conclui.
O CASO
Ida Verônica foi sequestrada no dia 26 de abril no bairro Porto, em Cuiabá. Segundo a irmã adotiva, Daniele de Siqueira, 29 anos, as duas estavam sozinhas em casa, quando dois homens bateram palmas e pediram informações sobre o terreno da frente. Eles queriam saber se o terreno estava à venda, depois da resposta pediram um copo de água para Daniele, que foi buscar. Quando ela voltou, os homens sacaram as armas e anunciaram o sequestro.
A criança brincava com água no quintal da casa. Ela estava apenas de calcinha, quando o crime aconteceu. Verônica é adotada e mora com a família cuiabana desde que tinha quatro meses de idade.
Verônica é adotiva e chegou a ficar no Lar da Criança, em 2007. Os pais biológicos, condenados por tráfico, foram presos e deportados. O pai para a Itália e a mãe para a República Dominicana.
Reporter MT