Fazendeiros e índios denunciam pesca predatória em dois rios de Mato Grosso
Uma operação conjunta do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Policia Ambiental resultou na apreensão de redes, tarrafas, espinheis e armas, usadas em pesca predatória em dois importantes rios de Mato Grosso, o Culuene, na região do Vale do Araguaia, e também no Teles Pires. A ação foi desencadeada em atendimento a denúncias feitas aos órgãos por fazendeiros e indígenas da região, revoltados com as atividades ilegais e devastadoras nos dois rios.
As atividades planejadas para combater e prevenir foi desenvolvida desdea cidade de Santa Rita do Trivelato ate as terras indígenas de Paranatinga e de São Jose do Couto ate a Pequena Central Hidrelétrica de Paranatinga.
Segundo Mauro Vieira Baldiner, do Ibama, atualmente os peixes estão subindo no Rio Culuene e que estão sendo acompanhados por pescadores que buscam os cardumes e acabam excedendo o que a Lei permite – 5 quilos por exemplar; os pescadores profissionais que possuem registro podem pescar até 12,5 quilos de pescado para cada guia retirada na colônia de pescadores.
Vários pontos denunciados de pesca foram monitorados durante a operação e novos pontos foram levantados para futuras operações do Ibama. Nesta operação ninguém foi preso, mas Baldiner diz o objetivo é chegar ás pessoas que estão praticando estes crimes ambientais e notifica-los e levá-los ao conhecimento da Justiça.
Na operação foram apreendidas na localidade conhecida como ‘ Ilha dos Cuiabanos’ uma espingarda calibre 36, uma pistola de pressão 4.5, cartuchos calibres 28 e 36 deflagrados. Também foram apreendidos 15 redes de vários tamanhos, 01 espingarda calibre 22 e uma calibre 28, na área de Paranatinga no Rio Teles Pires.
Os pontos pesqueiros estavam desabitados, mas foram encontrados redes, tarrafas, espinhel, armas e munições.
Mauro disse que o fato de moradores, fazendeiros, indígenas, estarem fazendo as denúncias mostrando a indignação com a situação uma vez que os peixes começam a subir e com eles uma minoria que não respeitam as leis e nem tão pouco o meio ambiente é um fator positivo no combate a esta atividade ilegal e pode muito contribuir com a preservação.
Paranatinga News
