Fim do embargo à carne bovina brasileira nos EUA
O setor agropecuário, conhecido também como primário, está em alta, em função de se tratar de um setor produtor de alimentos, tanto para o consumo interno, como para exportação. Neste particular, vamos nos ater a questão da pecuária, principalmente à intensiva, que tem maior produtividade e rentabilidade na colocação da carne in natura no mercado internacional. Para que isto ocorra, o país deve estar livre de todas as doenças que atacam o gado, entre as quais a febre aftosa, a brucelose e carbúnculo sintomático. Entre as doenças mais comuns nos bovinos e, que repercute de forma negativa para exportação da carne in natura; está à febre aftosa, que causa grande prejuízo ao país, pois sua permanência prejudica a imagem da carne brasileira, perante os países importadores.
Já sofremos embargos de países, como a China que desde 2012, por conta de um caso atípico da doença da “vaca louca” no Paraná, deixaram de comprar nossa carne, alguns meses atrás, voltou a comprar. Mais recentemente os Estados Unidos das Américas (EUA), também haviam embargado a carne brasileira, segundo eles, este embargo se deu, pela falta de sanidade animal, esta questão foi contornada pelo governo brasileiro que consegui demovê-los do embargo a nossa carne in natura, este fato, representa um grande ganho econômico para o país, pois esta medida favorece a 95% agroindústria exportadora brasileira.
No caso específico dos Estados Unidos das Américas (EUA), após 15 anos de restrição à carne bovina in natura brasileira por restrições sanitárias, agora, os Estados Unidos (EUA) abrirão o mercado para o produto conforme negociação de governo. Vale resaltar, que o Brasil já exporta apenas carne processada ou (industrializada), para o mercado americano.
Esta abertura a carne in natura, favorecerá sobre maneira o nosso Estado, segundo dados compilados do Censo Agrícola Municipal do IBGE, realizado no dia 31/12/2009 o Brasil tinha um rebanho de 205.260.154 cabeças de bovinos, desse rebanho, cinco Estados detinham 53% de cabeças. Aparecendo Mato Grosso em primeiro lugar, com 27.357.089 cabeças, isso para nós é motivo de orgulho.
Com a decisão dos EUA, em comprar a carne brasileira in natura, abre-se um mercado potencial de pelo menos 100 mil toneladas por ano, para os frigoríficos nacionais, isto representa um ganho inconteste.
Gosto de fazer comparativos promissores, o município de Juara, localizado no centro norte de Mato Grosso tem uma superfície de 21.378 Quilômetros Quadrados, ou seja, o dobro da superfície do Líbano. Possui o quarto maior rebanho bovino no Brasil, que é de 907.403 cabeças; rebanho este do tamanho do rebanho bovino da Finlândia.
Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)