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Fora de casa, Santos sofre gol no fim e acaba derrotado pelo Londrina

Os reservas do Santos sofreram no duelo contra o Londrina, na noite desta quinta-feira, pela terceira fase da Copa do Brasil. Com nove jogadores que vieram da base, o Peixe sentiu o nervosismo e acabou derrotado pelos mandantes por 2 a 1, no Estádio do Café.

Paulinho, que atormentou a inexperiente zaga santista, e o camaronês Joel, com dois gols, foram os destaques do jogo. Geuvânio, que entrou na segunda etapa, empatou a partida já no fim, mas foi frustrado pelo segundo gols do Tubarão já aos 44 do segundo tempo.

As duas equipes voltam a se enfrentar só no dia 14 de agosto, uma quinta-feira, as 21 horas, na Vila Belmiro, em Santos. O alvinegro praiano avança com uma simples vitória por 1 a 0 devido ao gol fora de casa, enquanto o Londrina se classifica com um empate.

Agora o Santos volta suas atenções ao Campeonato Brasileiro, pois no próximo domingo encara o Inter, no Beira-Rio, a partir das 18h30, em duelo que pode valer uma vaga no G-4, grande objeto do Peixe. Já o Londrina visita o Pelotas, também no domingo, mas as 15h30, pela segunda rodada do Brasileiro da Série D.

O jogo – Com o desgaste de um calendário apertado pelo excesso de jogos e viagens, Oswaldo de Oliveira optou por escalar um time inteiro de reservas para a partida fora de casa. E o que era motivo de orgulho para os santistas, já que nove jogadores em campo passaram pelas categorias de base do Peixe, se transformou em desespero após o apito inicial.

O Londrina, dono da casa e ciente da necessidade de construir uma vantagem para o duelo da volta, partiu para cima do alvinegro praiano desde o primeiro minuto. Logo aos 5 minutos de jogo, o atacante Paulinho recebeu em velocidade e só não abriu o placar porque o goleiro Vladimir executou duas belas defesas.

O camisa 11 do Tubarão mostrou desde o começo que infernizaria a jovem defesa santista formada por Paulo Ricardo e Vinicius Simon, que não conseguiam disfarçar o nervosismo e erravam bastante, principalmente no posicionamento. E não demorou para sair o gol do Londrina. Aos 23, sempre ele, Paulinho recebeu pela direita, driblou Simon e cruzou na cabeça do centroavante camaronês Joel, que não perdoou e balançou a rede.

O zagueiro santista, para piorar, sentiu o músculo posterior da coxa no lance e teve que ser substituído por Nailson.

Campeão Paranaense, o Londrina claramente dominava o jogo e mostrava na prática todo o trabalho de seu técnico Cláudio Tencatti, que completara 100 jogos no comando da equipe contra o Santos.

Celio Messias/VIPCOMM

Com a derrota sofrida no fim em solo paranaense, cabe ao Santos triunfar na Vila para avançar às oitavas

O Peixe não se encontrava em campo. Claramente sofrendo com o desentrosamento e com a falta de experiência, o time de Oswaldo de Oliveira ficava pouco com a bola e quase não chegava a área do adversário. Souza, responsável pela armação das jogas, era pouco acionado e Zé Carlos, na lateral direita, servia sempre como válvula de escape.

 

E só aos 41 apareceu o que seria a única chance de gol do Peixe no primeiro tempo. Zé Carlos cruzou na cabeça de Renato, que ajeitou de cabeça e deixou Souza livre para marcar. O meia ainda fintou um adversário, mas pegou mal na bola e bateu para fora.

Quando o Santos parecia torcer pelo término da etapa inicial para tentar acertar o time no vestiário, o Londrina de doava ao máximo e ainda criou mais duas oportunidades antes do apito do árbitro.

Primeiro com Paulinho, que recebeu longo lançamento de Celsinho e só não marcou porque Paulo Ricardo travou o chute. Depois com o próprio Celsinho, mas a zaga alvinegra conseguiu afastar o perigo e evitar o segundo gol. A curiosidade é que Paulinho, pesadelo santista no primeiro tempo, só foi escalado porque Bruno Batata não podia jogar, já que defendeu o J.Malucelli nesta edição da Copa do Brasil.

A segunda etapa começou sem alterações, mas o papo no vestiário parece ter mudado a disposição dos jogadores. O Peixe, mais tranquilo, passou a valorizar mais a posse de bola em busca do gol de empate. Enquanto isso, o Londrina , mesmo demonstrando a mesma vontade, já não agredia como antes e buscava explorar os contra-ataques usando a velocidade de Paulinho.

Com tudo, o gramado em péssimo estado não colaborava e a partida ficou truncada, com um perde e ganha desgastante no meio de campo, sem finalizações a gol.

Com o passar do tempo, o marasmo tomou conta dos jogadores em campo e os técnicos perceberam que precisam mexer para alterar o panorama do jogo. Primeiro Cláudio Tencatti colocou Rone Dias no Londrina porque o meia Celsinho sentiu o cansaço. Já Oswaldo de Oliveira, precisando marcar gol, colocou de uma vez Geuvânio e Giva nas respectivas vagas de Jorge Eduardo e Stéfano Yuri. Em seguida, o volante Diego Prates teve que entrar na lateral esquerda do Tubarão para substituir o machucado Alan Vieira.

Mesmo assim, nada mudou. A partida seguiu ruim, com as duas equipes de certa forma acomodadas com o resultado. Os jogadores se esforçavam, mas erravam demais e não conseguiam concluir nenhuma jogada.

Mas como futebol nunca foi um esporte justo, o Peixe, na única finalização a gol no jogo inteiro, marcou o gol de empate aos 14 minutos do segundo tempo. Renato acertou lindo lançamento para Geuvânio, que em posição legal, tocou com categoria por cima do goleiro Vitor e voltou a marcar após mais de dois meses de jejum.

Mas a alegria dos santistas durou pouco. Aos 45, o Londrina reassumiu a ponta no placar em gol muito parecido com o da primeira etapa. Paulinho, de novo pela direita, cruzou na cabeça de Joel, que marcou seu segundo gol na partida e levou a torcida do Tubarão à loucura no Estádio do Café.

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