DestaquesPolícia

Gaeco combate fraudes na Educação de MT; empresário e ex-deputado presos

Grupo é suspeito de fraudar licitações milionárias na atual gestão

presos

Funcionários da Seduc (Secretaria de Estado de Educação) cobravam propina de até 5% sob o valor da obra para garantir aos empresários a participação em obras com contratos cujos valores variavam de R$ 400 mil até R$ 6 milhões. Inicialmente, a cobrança de propina correspondia a 5% dos contratos.

Porém, os empresários questionaram o valor cobrado pelos servidores públicos e exigiram um percentual menor, passando assim a ser de 3%. As obras fraudadas começaram em outubro de 2015. É o que revela a Operação Rêmora, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nesta terça-feira (3).

Cabia aos servidores públicos Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e Moisés Dias da Silva abastecer o empresário Giovani Guizardi, dono da construtora Dínamo, com informações privilegiadas a respeito das obras de reforma e construção de escolas para, a partir daí, ser formado um cartel com outras empreiteiras. Assim, cabia ao empresário Giovani Guizardi, escolher quais outras empresas seriam vencedoras nos processos de licitação. Todos estão com a prisão preventiva decretada pela Justiça.

As reuniões com os demais empresários para maquiar a disputa das licitações era coordenada por Luiz Fernando da Costa Rondon e Leonardo Guimarães Rodrigues, ambos homens de confiança de Giovani Guizardi que foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento no Gaeco.

No total, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 13 conduções coercitivas. O ex-presidente da Assembleia Legislativa, Moisés Feltrin, que atualmente é empresário da construção civil, chegou a ter a condução coercitiva decretada pela Justiça, mas veio a ser preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

As fraudes no caráter competitivo dos processos licitatórios começaram a ocorrer em outubro de 2015 e dizem respeito a, pelo menos, 26 obras de construção e/ou reforma de escolas públicas em diversas cidades do Estado de Mato Grosso, cujo valor total ultrapassa R$ 56 milhões. Eram 7 obras em Cuiabá, 5 em Várzea Grande e 11 no interior do Estado.

Confira os alvos da operação:

PRISÕES PREVENTIVAS

Fábio Frigeri

Wander Luiz dos Reis

Moises Dias da Silva

Giovani Belato Guizardi

BUSCA E APREENSÃO

Residências de Giovani Belato Guizardi – Cuiabá

Residências de  Wander Luiz dos Reis – Cuiabá

Residências de Fábio Frigeri – Cuiabá

Residências de Moises Dias da Silva – Cuiabá

Residência Luiz Fernando da Costa Rondon- Cuiabá

Residência de Moisés Feltrin – Cuiabá

Residência de Joel Barros Fagundes Filho – Cuiabá

Residência de Esper Haddad Neto – Cuiabá

Residência de José Eduardo Nascimento da Silva – Rondonópolis

Residência de Luiz Carlos Ioris – Juína

Residência de Celso Cunha Ferraz – Cuiabá

Residência de Ricardo Augusto Sguarezzi – Cuiabá

Residência de Clarice Maria da Rocha – Sinop

Residência de Eder Alberto Francisco – Cuiabá

Residência de Dilermando Sérgio Chaves – Cuiabá

Residência de Leonardo Guimarães Rodrigues – Cuiabá

Sede da Dínamo Construtora Ltda

Escritório de Giovani Belato Guizardi

Sede da Luma Construtora Ltda

Sede da JER Engenharia Elétrica

Sede da Secretaria de Educação de Mato Grosso

CONDUÇÕES COERCITIVAS

Luiz Fernando da Costa Rondon

Leonardo Guimarães Rodrigues

Moisés Feltrin

Joel de Barros Fagundes Filho

Esper Haddad Neto

José Eduardo Nascimento da Silva

Luiz Carlos Ioris

Celso Cunha Ferraz

Ricardo Augusto Sguarezzi

Clarice Maria da Rocha

Eder Alberto Francisco

Dilermando Sérgio Chaves

imagem

FolhaMax

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *