Gaeco suspeita que Riva tenha usado celular dentro da cadeia
Aparelho estaria em nome de ex-assessor na AL
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) investiga a suspeita de que o ex-deputado estadual José Riva (PSD) tenha usado telefones celulares no período em que permaneceu detido no Centro de Custódia de Cuiabá. Uma denúncia anônima foi encaminhada aos promotores de Justiça de que o telefone estaria registrado em nome do seu ex-assessor parlamentar Cristiano Guerino Volpato.
A suspeita é que Riva tenha mantido contato telefônico para obstruir as investigações relacionadas a “Operação Imperador”. As informações levantadas pelo Gaeco constam no inquérito policial que resultou na “Operação Ventríloquo”, deflagrada há uma semana.
Riva foi preso no dia 21 de fevereiro quando deflagrada a operação. Nestas investigações, o ex-deputado é considerado mentor de um esquema de desvio de dinheiro que resultou em prejuízo de R$ 62 milhões aos cofres públicos .
Após sucessivas derrotas na Justiça de Mato Grosso, ele conseguiu ser posto em liberdade pelo STF (Supremo Tribunal Federal) após 123 dias. O ex-parlamentar continua na mira do Ministério Público Estadual (MPE) e agora é investigado pela suspeita de ordenar um esquema de desvio de R$ 9,032 milhões por meio de um pagamento fraudulento ao HSBC Seguros LTDA.
Riva foi preso na Operação Ventríloquio, mas sua detenção durou somente 13 horas, sendo posto em liberdade pelo ministro do STF, Gilmar Mendes. O Gaeco também tem monitorado todos os proprietários das empresas que Riva indicou para que recebesse o dinheiro desviado dos cofres públicos e assim aparentar ar de legalidade.
A suspeita é de que pelo menos 18 pessoas físicas e jurídicas receberam em suas contas bancárias partes do montante de aproximadamente R$ 9,032 milhões desviado dos cofres do Legislativo. Diante da citação de nomes de deputados estaduais no inquérito policial, a juíza criminal Selma Rosane dos Santos Arruda encaminhou os autos para o Tribunal de Justiça conduzir a investigação.
