Política

Governo analisa proposta de militares e Riva critica falta de investimentos da União

Rivas O Governo do Estado analisará a proposta de reestruturação salarial dos militares apresentada na quinta-feira (15) durante reunião no Palácio Paiaguás, que contou com a intermediação dos deputados estaduais. Na oportunidade, o parlamentar José Riva (PSD) criticou a falta de investimentos da União na política de segurança pública de Mato Grosso.

Em função da divergência no cálculo do impacto financeiro para o estado com a reestruturação nas tabelas apresentadas pelo Poder Executivo e categoria, o governador Silval Barbosa (PMDB) agendou nova reunião para a próxima quarta-feira (21) entre a equipe técnica da administração estadual e representantes dos militares para debater os números.
Segundo Riva, a reunião foi positiva em função de proporcionar o diálogo entre Governo do Estado e militares. Também lembrou que apesar da União destinar 250 agentes da Força Nacional de Segurança para a Copa do Mundo no Estado, o Governo Federal sempre foi ausente quanto à segurança.
“As conversar foram abertas, os militares apresentaram proposta, houve confronto entre os números e apesar dos avanços reconhecidos pela categoria ao longo dessa gestão, existe o sentimento de que podemos mais. Quanto à vinda da Força Nacional, talvez o Governo Federal queira nos ajudar, vale salientar que sempre foram ausentes nessa política de segurança, a PEC 300 não é votada no Congresso Nacional em função da União não assumir a diferença. A política de segurança pública precisa ser compartilhada e a União precisa participar e investir mais, pois muitas vezes os recursos não chegam para a área da fronteira, o Estado não pode responder sozinho pela política de segurança”, criticou Riva.
O encontro aconteceu em função da manifestação ocorrida na última terça-feira (13), onde cerca de mil praças e oficiais estiveram na Assembleia Legislativa pedindo apoio dos deputados para a reestruturação salarial da categoria. A proposta é para reajuste de 40%, parcelado em 18 meses, e o pagamento de benefícios, como adicional noturno e insalubridade.
De acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, foi aberto o diálogo e com a apresentação da proposta com o impacto que será gerado na folha de pagamento, uma análise vai ser feita.
“O Governo fez a ponderação inclusive da última lei aprovada no mês passado com o impacto de R$ 23 milhões, que foi a nova estrutura e os militares apresentaram a proposta de reestruturação. Vamos analisar tecnicamente, pois temos limite de utilização de recursos para pagamento de salário e discutir o que podemos evoluir para chegar a um consenso e possibilidade de aumento com reestruturação”, garantiu.
Questionado sobre a possibilidade de reestruturação em ano eleitoral, o chefe da Casa Civil explicou que não se pode conceder aumento salarial, mas pode haver reestruturação com acomodações de melhorias salariais. “Até inicio de julho pode se fazer a reestruturação. Vamos fazer os estudos para saber se o Estado tem condições financeiras de pagar”, afirmou.
O presidente da Associação dos Oficiais de Mato Grosso, major Wanderson Nunes, disse que os militares continuam trabalhando normalmente até a próxima quarta-feira, quando será realizada a reunião e disse que a categoria não abre mão das reivindicações feitas.
“Estruturamos a nossa tabela, são valores que a categoria aprovou em assembleia geral e esperamos que estes tenham efeito. Acredito que o Governo do Estado será sensível as causas da polícia, estamos trabalhando, somos parceiros do governo, se tiver que se fazer esforço, o Estado precisa fazer para contemplar a categoria”.
Apesar dos avanços na reunião, o grande entrave foi quanto a planilha de impacto que a reestruturação representaria ao Estado. “O governo trabalha com as promoções do mês de abril e mostramos que outras carreiras também tiveram benefício e não deve ser levado em consideração para a reestruturação”, concluiu o major.

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