Indicação de Neurilan não inibe debandada do PSD

A chance de a presidência do PSD em Mato Grosso ser entregue ao prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga, pode não representar o fim dos problemas enfrentados pela legenda. Convidados a migrar para o PMDB, os deputados estaduais Janaina Riva e Gilmar Fabris continuam convencidos de que o melhor caminho é deixar o partido.

Enquanto Fabris reclama da mesma falta de diálogo da qual já havia se queixando quando dos rumores de que a presidência seria entregue ao ex-deputado federal Roberto Dorner; Janaina avalia que Neurilan não teria tempo suficiente para organizar o partido no Estado, já que, além de de prefeito, é presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

“Com todo respeito que eu tenho ao Neurilan, à capacidade que ele tem, ele é prefeito de um município, é presidente da AMM e não tem condições de ser presidente de mais um partido do tamanho que é o PSD. Como que ele vai se deslocar dentro do Estado, atender aos interesses do município e ainda da AMM. Não é um posicionamento contrário a pessoa dele, mas eu acho que o partido, principalmente agora, que perde um grande líder político, que é o ex-deputado [José] Riva, que está fora da política, precisa de mais atenção”, defende a deputada.

Fabris, por sua vez, afirma sequer ter sido informado oficialmente de que Neurilan pode vir a ser o escolhido para comandar o partido em Mato Grosso. “Tenho uma amizade muito grande pelo Neurilan, mas nem sei se ele vai ser presidente mesmo. Fiquei sabendo pela imprensa. Eu, um deputado estadual do partido e não estou sabendo. Um partido é feito de reuniões. Que partido é esse?”, critica.

GD