Opinião

Indústria em MT

rrrrrrrrrrOs números apresentados pelo Porto Seco mostram de forma doída que não entrou nenhum pedido de máquina para nenhuma fábrica no Estado nos últimos quatro anos.

Como é que o Estado campeão de grãos não atraiu indústrias de fertilizantes?

Como é que um Estado que produz 54% do algodão do país não tem muitas fábricas de tecidos? O Ceará praticamente não planta algodão e tem centenas delas.

As dificuldades para atrair novas indústrias para MT já foram detectadas. Uma é o cipoal jurídico criado no Estado, falam em milhares de portarias, resoluções e normas.

Os empresários alegam que são tratados como futuros criminosos ou sonegadores.

Culpa-se ainda o mercado pequeno, energia cara, falta de mão de obra e a infraestrutura de transporte deficitária. Por tudo isso é que fábricas daqui estariam indo para o Paraguai.

Mato Grosso não pode ser eterno exportador de matéria-prima. Uma gripe na China dá uma pneumonia aqui.

Se a Bolsa de Valores daquele país trepida eleva a temperatura de preocupação no Estado.

Mostra a história que um país ou lugar não podem depender exclusivamente de bens primários em sua pauta de comércio.

No passado, o Brasil foi campeão de produção de açúcar, depois café, na época da guerra entrou a borracha.

Quando havia uma crise nos mercados compradores, a coisa ficava feia aqui.

A Depressão econômica nos EUA na década de 1930 provocou um rebuliço econômico e político no Brasil.

No caso de MT, se realmente forem concretizadas algumas medidas e ações que se falam, poderia haver mudança neste quadro.

Comenta-se, por exemplo, que estaria pronto um estudo para enxugar as tantas normas e portarias que infernizam a vida de quem quer investir em indústria no Estado.

Fala-se ainda que estaria pronto um novo modelo de incentivo fiscal e a ênfase seria dada à cadeia de produção e não aleatoriamente.

Exemplo? Algodão, fibras, tecidos, roupas e óleo do caroço.

O governo federal quer unificar o ICMS e acabar com a guerra fiscal. Não se daria mais incentivos fiscais através do ICMS.

O governo estadual diz que tem um modelo sendo gestado em que o Estado, ao invés do incentivo direto do ICMS, entraria como sócio com quem investisse numa indústria.

Não está claro como funcionaria esse modelo, se sabe que seria feito através do MT-Participações.

E, por fim, tem a perspectiva do Parque Tecnológico em Várzea Grande e da ZPE em Cáceres. Nesta o ICMS da energia, telecomunicação e transportes seria quase zerado.

Poderia importar máquinas e matéria prima sem taxações. Pagaria apenas 25% de Imposto de Renda e se tem a obrigação de exportar 60% do que se produzir na ZPE. Motivos para levar indústrias para Cáceres.

Mesmo com a crise econômica criada pelo governo federal, com ZPE, novo modelo de incentivo fiscal e uma maior facilitação jurídica para investir,quem sabe MT poderia receber mais indústrias.

Mídia News

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