Política

José Riva se diz preparado e afirma não temer “tapetão”

Em crítica indireta a Pedro Taques, candidato alerta para influência de oposição no MPF e MPE

3377O candidato do PSD ao Governo de Mato Grosso, deputado estadual José Riva (PSD), disse, nesta terça-feira (7), que está preparado para vencer a eleição contra candidatos que pretendem ganhá-la no “tapetão”.

A expressão refere-se ao fato que ele prevê que sua candidatura será alvo de impugnação, e adversários podem tentar tirá-lo da disputa por meio da Justiça.

“Eu estou convicto de que a forma de eles me derrotarem é essa: tentar barra minha candidatura. Quando vou ao interior, falo para os pretensos candidatos a prefeito: torçam para o promotor, o juiz, não saírem candidatos, senão, vocês estão ferrados”.

A afirmação foi uma indireta ao senador Pedro Taques (PDT), durante entrevista ao programa “Chamada Geral”, da Rádio Mega FM. Taques, que é candidato ao Governo do Estado, deixou o cargo de procurador da República para se lançar ao Senado em 2010, sendo eleito com 708.440 votos.

De acordo com Riva, essa é “a realidade da política no Brasil”. “Quem tem a caneta na mão, tenta ganhar a eleição no tapetão; isso existe. Logicamente, eu tenho um adversário que tem muita influência dentro do Ministério Público Estadual, do Ministério Público Federal, e isso está muito claramente demonstrado”, afirmou.

“Logicamente, eu tenho um adversário que tem muita influência dentro do Ministério Público Estadual, do Ministério Público Federal, e isso está muito claramente demonstrado”

O candidato classificou a relação de “alguns candidatos” com o Judiciário como de “muito acesso à Justiça”.

“Fui informado por um assessor do ministro (da Justiça): Olha, tem um senador que bate duro aqui”, disse.

Desvio de recursos

Riva afirmou não ter qualquer preocupação quanto a possíveis tentativas de impugnarem sua candidatura, por conta dos processos que responde na Justiça.

“Acredito em Deus, na minha capacidade de trabalho e na Justiça”, disse.

Segundo o parlamentar, “todo mundo conhece” a origem do processo em que ele é acusado de desviar dinheiro da Assembleia Legislativa. “Todos sabem como isso começou; sabem que tiveram interesses políticos por trás”, disse.

Em denúncia interposta pelo Ministério Público Estadual, em 2007, Riva é acusado de desviar dinheiro da Assembleia, com o suposto uso de uma empresa de factoring pertencente ao ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, entre os anos de 1998 e 2002, quando ocupou os cargos de presidente e 1º secretário do Poder Legislativo.

Arcanjo, atualmente, está preso no Presídio Federal de Segurança Máxima, em Porto Velho (Rondônia), sob a acusação de comandar o crime organizado no Estado.

“Quando eu falo que não houve desvio de dinheiro é porque o TCE (Tribunal de Contas do Estado), a pedido do Ministério Público, investigou e não encontrou nada e isso poucos falam; divulgam só o que interessa”, afirmou Riva, na entrevista.

O parlamentar disse que a constatação do TCE foi de que houve compra e gasto do material, dentro dos procedimentos, mas admitiu que pode ter ocorrido algum tipo de vício na contratação do serviço.

“Houve gasto de material. Pode ter tido vício, mas os procedimentos foram feitos. Então, eu não desviei dinheiro algum”, explicou.

Riva afirmou que apesar das denúncias, não foram encontrados os “milhões que procuravam” em sua conta.

“Teve um procurador aí que denunciou que tinha milhões da Assembleia para fora. Eu disse ao fiscal do TCE: moço, minha vida está aberta, eu não tenho esses milhões, pelo contrário. Pode fiscalizar”, disse.

Fonte: Midia News

 

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