Política

Juiz federal sinaliza condenação de ex-secretário na Ararath

qqqAo condenar o ex-secretário de Estado, Eder Moraes, a 69 anos de prisão, na última sexta-feira (13), o juiz federal Jeferson Schneider sinalizou que também poderá condenar outros réus de ações relacionadas à Operação Ararath. Entre eles, o ex-secretário adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes.

Lopes atuou nas secretarias de Fazenda e da Casa Civil nas gestões de Blairo Maggi e Silval Barbosa, quando Eder Moraes ocupou a titularidade de ambas as pastas.

Ele é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter usado a conta de sua empresa, a Brisa Consultoria Ltda., para colaborar com a lavagem do dinheiro

oriundo dos esquema articulados por Eder Moraes.

Na decisão que condenou Eder, o magistrado disse que ficou comprovada a transferência de R$ 520 mil à empresa de Vivaldo Lopes, sem qualquer contraprestação de serviços, indicando que as transações tentaram dar ares de legalidade a valores obtidos de forma ilícita.

“A partir dos depoimentos do colaborador Gércio Marcelino Mendonça Júnior e do acusado Eder de Moraes Dias, dos registros das movimentações financeiras oriundas da quebra do sigilo bancário e, ainda, da contabilidade informal apreendida, tenho por fato absolutamente comprovado que o acusado Eder de Moraes Dias captou e intermediou recursos de terceiros, por meio do colaborador Gércio Marcelino Mendonça Júnior, proprietário das empresas Comercial Amazônia de Petróleo e Globo Fomento Ltda, que a pedido e sob exclusiva orientação do acusado Eder de Moraes Dias realizou as movimentações financeiras acima identificadas (nsº 05,06, 08, 10, 12 e 14), em favor da empresa Brisa Consultoria e Assessoria, ora a título de empréstimo, ora a título de mera intermediação de recursos de terceiros”, afirmou o magistrado.

Os recursos que Eder Moraes usava para alimentar o esquema, segundo o MPF, eram obtidos por meio de empréstimos feitos junto ao empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, delator do esquema que originou a Ararath.

Conforme a denúncia, Eder pediu que Júnior depositasse parte dos valores do empréstimo na conta corrente da Brisa Assessoria, de Vivaldo Lopes, e outra parte nas contas de Laura T Costa Dias ME (de propriedade da esposa de Eder) e Circuito Automóveis Ltda ME (em nome do cunhado de Eder).

Mendonça realizou as transferências por meio de suas empresas Globo Fomento Ltda e Comercial Amazônia de Petróleo. Foram feitos seis transferências à Brisa Consultora, entre janeiro e fevereiro de 2010, totalizando R$ 520 mil.

“Todos estes elementos de prova indicam a nítida intenção dos denunciados Eder de Moraes Dias e Vivaldo Lopes Dias, que era justamente criar um meio de dissimulação do dinheiro ilícito”, denunciou o MPF.

Mídia News

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