Juiz quebra sigilo bancário de falso pastor que matou 4 em MT
O juiz Diego Hartmann, da Vara Única de Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, autorizou a quebra do sigilo bancário do um homem, de 35 anos, suspeito de ter matado quatro idosos, se passando por pastor da Igreja Pentecostal para se aproximar da vítima. Segundo a Polícia Civil, o suspeito usava da falsa profissão para conquistar a simpatia das vítimas. O suspeito está preso desde junho deste ano.
O pedido foi feito pela Polícia Civil de Guarantã do Norte, que investiga três inquéritos contra o suspeito. De acordo com as investigações, o falso pastor conquistava a confiança das vítimas, a maioria idosos, antes de roubá-las. Em seguida, o suspeito matava as vítimas enforcadas e ateava fogo aos corpos para dificultar a identificação e a investigação.
A polícia apurou que o homem realmente já foi pastor da Igreja Pentencostal, mas ainda se apresentava dessa forma entre os sitiantes da zona rural de Novo Mundo, onde escolhia as suas vítimas.
As investigações apontam que o primeiro crime ocorreu em dezembro de 2015, quando um aposentado foi morto dentro da própria casa, que depois foi incendiada. O suspeito roubou a senha e o cartão da aposentadoria da vítima e passou sacar o benefício todos os meses, sendo o último saque realizado em maio de 2016.
Ele conheceu a vítima quando foi até o sítio dela para comprar um motor de barco e o idoso, ingenuamente, comentou que estava juntando dinheiro.
Em abril de 2016, um casal de idosos foi encontrado carbonizado dentro da residência, em um sítio na zona rural de Novo Mundo, a 791 km de Cuiabá. A casa foi totalmente incendiada depois das vítimas terem a senha e o cartão do banco roubados. O casal tinha cerca de R$ 100 mil guardados.
A quarta vítima do suspeito, segundo a polícia, foi um sitiante. Ele foi assassinado em 28 de maio, após ser rendido na chácara e levado junto com a sua caminhonete. O corpo da vítima foi encontrado na BR-163, sentido Pará, a cerca de 38 quilômetros de Novo Mundo.
O suspeito também roubou o cartão dessa vítima idoso e tentou sacar o dinheiro. Conforme o delegado Geraldo Gezoni, que investiga o caso, o criminoso transferiu dinheiro da conta do casal para a conta da primeira vítima e teria feito a mesma coisa no último crime. Durante a prisão do suspeito, a polícia encontrou o cartão da primeira vítima e celulares dos idosos e da quarta vítima.
Por FolhaMax