Laudo diz que mãe de bebê morto era capaz de entender ilicitude de atos; júri será nesta terça-feira
A dona de casa Tainara Cardoso de Araújo era inteiramente capaz de entender a ilicitude de seus atos à época dos fatos. Esse é o resultado do laudo pericial de avaliação mental que será apresentado durante sessão de julgamento pela morte do recém-nascido Josué Araújo. O laudo pericial – solicitado pela defesa de Taianara – foi anexado no último dia 3 de julho junto ao processo. Na próxima terça-feira, 14 de julho, a partir das 8h, será realizada a sessão de julgamento de Taianara e do ex-marido, André Luis Araújo, pela morte do filho de 40 dias de vida. A sessão será realizada no Fórum Criminal de Cuiabá.
A criança morreu em janeiro de 2014, em razão de traumatismo craniano. O menino ainda apresentava inúmeros sinais de maus tratos, como marcas de mordidas no corpo e na face.
Em depoimento, a mulher sustenta que não procurou ajuda médica em razão de sofrer ameaças do então marido que é acusado de jogar a criança contra um colchão no chão, durante uma discussão do casal. Apesar de apresentar sinais de que não estava bem de saúde, como braços e pernas repuxando, além de se recusar a comer e choro intenso, os pais não procuraram atendimento médico. Por três dias, o menino agonizou até que morreu. Somente após o óbito, os pais resolveram procurar um hospital público. Lá, estranhando os sinais pelo corpo da criança, enfermeiros acionaram a Polícia Militar. O casal foi preso horas depois.
Já a versão do pai da criança, André, é a de que ele não arremessou a criança, mas a mesma teria ido parar no chão após uma briga com a então esposa.
Tainara e André estão presos desde janeiro de 2014. Por três vezes tentaram obter a liberdade e tiveram os pedidos negados pela Justiça. Taianara está na Penitenciária Ana Maria do Couto May e André no Centro de Ressocialização de Cuiabá.
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