Mato Grosso já registra 12 mortes por H1N1 em 2014
A Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES) confirmou que 12 das 24 pessoas que contraíram o vírus H1N1 este ano morreram em decorrência da doença em todo o estado. Outras três mortes ainda estão sob investigação. Tanto o órgão quanto a prefeitura de Cuiabá negaram que haja um surto da enfermidade e afirmam que não está sendo aplicada quarentena em nenhum bairro da capital, a despeito do que vem sendo divulgado pelas redes sociais e também por um aplicativo de celular. Os dados foram divulgados ontem sexta-feira (6).
Em Mato Grosso, as mortes em decorrência da H1N1 foram registradas em Cuiabá (4), Rosário Oeste (1),Várzea Grande (1), Tapurah (1), Jaciara (1), Guarantã do Norte (1), Rondonópolis (2) e Lucas do Rio Verde (1). Os óbitos que ainda estão sendo apuradas ocorreram em Várzea Grande, Rondonópolis e Tabaporã.
De acordo com os números da SES, entre 1º de janeiro e 06 de junho de 2014, foram notificados 132 casos de gripe (Influenza) no estado, sendo 24 de H1N1, um de Influenza B1 um positivo para H3 Sazonal e dois casos de gripe, segundo a secretaria, por ‘critérios epidemiológicos’. Os demais estão sendo investigados.
Por meio de nota, a SES disse que o surto, conforme o Ministério da Saúde, é caracterizado com casos que ocorrem em comunidade fechada ou ambiente hospitalar – o que não seria o caso de Mato Grosso, porque as pessoas que foram notificadas com a doença vivem em diferentes municípios e, no caso de Cuiabá, diversos bairros.
Sobre a quarentena, que é o isolamento das pessoas com suspeita da doença para evitar o contágio, a SES diz que, como o vírus é de circulação mundial, o método não poderia ser aplicado para essa enfermidade.
As principais formas de se prevenir a gripe são lavar as mãos com frequência e tomar a vacina, que protege contra o H1N1, H3N2 e Influenza B – considerados os responsáveis pelas formas mais graves da doença.
Em Cuiabá, a vacinação na rede pública municipal vai até o dia 15 de junho. Mas, só pode receber a dose o grupo prioritário: crianças de 6 meses a 5 anos de idade, pessoas acima de 60 anos, trabalhadores da saúde, povos indígenas, grávidas e puérperas (até 45 dias depois do parto).
Também fazem parte desse grupo a população encarcerada, funcionários do sistema prisional e portadores de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais. Na capital, conforme a prefeitura, foram vacinadas quase 80 mil pessoas.
O objetivo é chegar a aproximadamente 95,5 mil pessoas. A vacinação para as pessoas que não são do grupo prioritário somente será feita pelo município depois que a meta for alcançada – e se sobrarem doses das vacinas.