Política

Ministro acusa Taques de “acordos por baixo do pano”

5695cc89c54f73488e160c884b32eedcO ministro da Secretaria Geral da República, Gilberto Carvalho (PT), levantou suspeitas sobre a alta arrecadação de recursos para a campanha do senador Pedro Taques (PDT).

De forma indireta, o petista afirmou que tem gente que prega a moralidade, mas faz acordos por baixo do pano.

A declaração de Carvalho foi interpretada como referência às doações recebidas por Taques, especialmente do agronegócio.

Para o ministro, a campanha de ex-vereador Lúdio Cabral (PT), tida como franciscana pela falta de recursos, mostra que ele é uma pessoa de bom caráter. 

Apesar da presidente Dilma Rousseff (PT) liderar as doações de empresas para a campanha eleitoral, o ministro condenou a prática.

Segundo ele, normalmente as empresas que doaram para a campanha, depois voltam a procurar o político, caso tenha sido eleito, para “cobrar” a fatura. 

Carvalho é o quarto ministro da presidente Dilma que vem à Cuiabá fazer campanha eleitoral pela reeleição da petista e pela eleição de Lúdio ao comando do Palácio Paiaguás.

Para o ministro, o gesto mostra o quanto Mato Grosso é importante na visão do governo federal.

O ministro destaca que vai trabalhar junto à cúpula da campanha para que Dilma e também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venha no Estado nesta campanha eleitoral.

Quanto à falta de recursos para a campanha de Lúdio Cabral, tendo em vista que o petista já reclamou várias vezes da falta de respaldo da nacional do partido, o ministro afirma que o problema acontece no Brasil inteiro e que por isso o PT defende uma reforma política que contemple o financiamento público de campanha para deixar os candidatos em condições de igualdade na disputa.

Considera que é injusto que o candidato que tenha mais recursos ganhe e eleição.

O ministro participou de um ato com sindicalistas para fortalecer as candidaturas de Dilma e Lúdio no Estado. Durante sua fala fez questão de destacar que a candidatura de Lúdio não é segundo plano na legenda.

Efeito Marina

O ministro destaca que a entrada de Marina Silva (PSB) na disputa pela presidência da República trouxe um novo cenário. Segundo ele, agora o partido precisa apresentar melhor o programa de governo e o que já foi feito.

Lembra ainda que quatro, dos 11 candidatos da disputa, já militaram no PT. Além de Dilma, já estiveram no PT: Marina; Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV).

Destaca que a entrada de Marina sofistica o processo e acabou despertando a militância petista. Para ele, o maior problema de Marina é que a “nova política” pregada pela ex-senadora é uma total contradição por conta dos apoiadores de sua campanha. “Não existe essa de só chamar os melhores”, defende.

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