MP investiga Luverdense e FMF por venda irregular de ingressos para jogo contra Corinthians
O Ministério Público instaurou inquérito civil para investigar o Luverdense e a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) e apurar irregularidades na venda dos ingressos para o jogo contra o Corinthians. A partida, válida pela Copa do Brasil, será realizada nesta quinta-feira (09), na Arena Pantanal, e tem a expectativa de receber cera de 25 mil torcedores.
De acordo com a portaria do MP, assinada pelo promotor Ezequiel Borges de Campo, o presidente do Luverdense, Helmut Augusto Lawish, coloca em risco a integridade dos torcedores ao criar um ambiente propício a superlotação por vender ingressos sem numeração. A prática, de acordo com o promotor, não é novidade, tendo sido colocada em prática por Helmut em 2015, quando ele estava na condição de presidente da FMF, no jogo de Cruzeiro X Corinthians realizado na Arena.
“Não obstante possua plena consciência da obrigação de comercializar ingressos com indicação doa assentos numerados, possivelmente para mitigar custos, o presidente do Luverdense Esporte Cluvbe, Helmut Lawish, ignorou solenemente esse dever jurídico”, consta de trecho da portaria da abertura do inquérito. “Dando causa a um ambiente propício para superlotação de setores do estádio, para tumultos e risco à integridade dos torcedores”, completa.
A FMF é investiga na condição de administradora da partida, por não ter adotado medidas para evitar a emissão e venda de ingressos não numerados. A portaria é datada de terça-feira (7).
A confirmação do duelo entre Luverdense e Corinthians em Cuiabá veio apenas após o governo conseguir os laudos do Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária. Caso isto não acontecesse, o jogo poderia até ser realizado em outro Estado. Isso porque o estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, tem capacidade liberada de 5 mil torcedores, quantidade inferior a exigida pela CBF para jogos dessa fase da Copa do Brasil.
No dia 20 de fevereiro, a CBF vetou o jogo que seria realizado entre São Paulo e PSTC pela Copa do Brasil no estádio por conta da falta de laudos. Na ocasião, o Governo também tentou corrigir os erros e atender as exigências de segurança. Em nota, a Secretaria Adjunta de Esporte informou que Cuiabá não “correria o risco” de perder a partida e que os laudos já estavam sendo processados.
Os principais problemas da Arena atualmente são estruturais. O Governo ainda não conseguiu que a empresa responsável pelo estádio encerra a obra. O contrato está judicializado e as obras não tem previsão de retomada. O custo de manutenção também é um grande problema, uma vez que o Governo precisa gastar algo em torno de R$ 600 mil por mês para manter o local em boas condições.
Atualmente as partidas que ocorrem pelo campeonato estadual são realizadas através da liberação de laudos formulados pela prefeitura. A CBF, no entanto, possui outros critérios, fiscalizados por uma Gerência de Segurança da entidade.