Política

MST sai frustrado após reunião com Taques: “O Estado não tem dinheiro”

mstOs integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) saíram frustrados da reunião com o governador Pedro Taques (Sem Partido), no fim da manhã desta segunda-feira (17). De acordo com um dos líderes do movimento, o Estado não tem dinheiro para atender as demandas pedidas. Já o Executivo diz que procura parcerias e que já começou a transformar este cenário.

“A nossa avaliação é que o governo em suas falas demonstrou compromisso. Porém, o Estado não tem dinheiro. Fazer isso, sem mostrar onde serão feitas as estruturas, de onde virá esse recurso, nos deixa um pouco frustrados. Queremos acreditar que o governo irá se empenhar em busca de dinheiro, pois não temos nenhum recurso público estadual para atender os assentamentos”, disse Antônio Carneiro, que faz parte da direção estadual do MST.

Antônio ainda acrescenta que o “primeiro diálogo foi bom. Mas teremos outras reuniões com os secretários. Estamos acreditando e confiando que o governo mantenha sua palavra para tentar viabilizar os pedidos. A nossa tarefa é continuar lutando. Nunca tivemos nada porque o Executivo decidiu fazer. Tudo foi conquistado porque ocupamos secretarias e lutamos, pressionamos para atender nossas demandas”.

O secretário de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária de Mato Grosso, Suelme Fernandes, informou que: “Tivemos uma reunião tranquila. Esse é um momento histórico em que o governo abre as portas para o movimento, que há mais de 12 anos não tem agenda positiva dentro do governo. Abrimos o debate, há muitas pautas para serem conquistadas, mas temos este desafio, estamos fazendo a nossa parte”.

“Já temos em andamento no governo uma análise sobre uma proposta de abastecimento d’água e irrigação para o Estado de Mato Grosso. Não só para os assentamentos do MST, como também para todos os assentamentos e propriedades da agricultura familiar. Contudo, depende de planejamento, estudo e análise. Infelizmente, pouco se planejou para o futuro da nossa pasta. Isso demanda um certo tempo”, acrescentou o secretário.

Suelme finalizou elencando alguns dos progressos feitos nos primeiros sete meses de gestão: “Acabamos de abrir 20% da alimentação do sistema prisional para a agriculta familiar. Lançamos um programa de fortalecimento de alimentação escolar dentro da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) com as escolas e chegamos a atender os 13 municípios da baixada cuiabana. Vamos reproduzir esta estratégia para todo o Estado. Vamos atrás dos parceiros para conseguirmos cumprir os desafios”.

Olhar Direto

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