Polícia

Mulheres que doparam agentes não conseguem liberdade

dopadorasSe a tarefa de seduzir e dopar os agentes da Cadeia de Nova Mutum (264 Km ao norte de Cuiabá) para uma fuga em massa foi “mamão com açúcar” para Nayara Mendes Pereira de Souza, 25, e Isis Kevilin Ojeda, 21, como elas disseram em tom de deboche ao serem presas no dia 13 de fevereiro, deixar a cadeia pode ser classificada como uma “missão quase impossível”. As 2 jovens, apontadas como garotas de programa, tiveram negados mais 2 pedidos de liberdade e seguem sem perspectiva de deixarem o Presídio Feminino Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.

Ambas as decisões contrárias foram proferidas na semana passada. Uma delas, foi um habeas corpus negado por unanimidade pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), sob relatoria do desembargador Pedro Sakamoto, no dia 17 deste mês. A outra, foi um despacho da juíza Helícia Vitti Lourenço, da 1ª Vara Criminal de Nova Mutum, local onde tramita a ação penal contra 7 réus envolvidos na fuga em massa ocorrida na manhã do dia 4 de fevereiro deste ano. A magistrada indeferiu, no dia 19, pedido de revogação da prisão preventiva pleiteada pelas acusadas e destacou a necessidade de mantê-las presas. O Ministério Público Estadual (MPE) também emitiu parecer contrário ao pedido de soltura.

Por outro lado, o ex-diretor da Cadeia Pública de Nova Mutum, Henrique Francisco de Paula Neto (Chindo) e os agentes penitenciários, Fabian Carlos Rodrigues da Silva (Fabi) e Luiz Mauro Romão da Silva (Romão) presos por facilitação de fuga, foram beneficiados por um habeas corpus concedido por unanimidade pela 2ª Câmara Criminal no dia 6 de maio. Foi determinado, no entanto, o pagamento de fiança arbitrada em 5 salários mínimos (R$ 3.9 mil) para Henrique Francisco e Luiz Mauro, e de 2 salários (R$ 1.5 mil) para Fabian Carlos.

Henrique e Fabian pagaram a fiança e deixaram o Presídio Militar, em Santo Antônio do Leverger (34 Km ao sul de Cuiabá) no dia 7 de maio. Em relação a Luiz Mauro não há informações de expedição de alvará de soltura até o momento. O trio foi preso no dia 4 de fevereiro após a fuga de 27 presos que saíram pela porta da frente depois que os agentes foram dopados ao participarem de uma “festinha íntima” com as 2 garotas de programa. Fabian e Luiz Romão foram encontrados desacordados e nus. As fotos da festinha na cadeia e um dos agentes nu “apagado” num colchão ganharam destaque na imprensa nacional e internacional. A maioria dos fugitivos foi recapturada dias depois.

Após o episódio, a Justiça determinou, em março, o afastamento de 7 agentes já incluindo na lista Henrique, Fabian e Luiz. No habeas corpus que deu liberdade aos ainda servidores públicos, também foi determinado o afastamento deles das funções, mas com a manutenção dos salários recebidos.

GD

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