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Observado por Gobbi, Mano diz que não falará mais sobre arbitragem

Mano Menezes concedeu sua entrevista na noite de sexta-feira, no CT do Parque Ecológico, observado por quatro dirigentes do Corinthians. O presidente Mário Gobbi, o diretor Ronaldo Ximenes, o gerente Edu e o coordenador Alessandro ouviram o técnico dizer que agora é deles a responsabilidade de fazer eventuais comentários sobre arbitragem.

“Prestígio no futebol é um perigo, né? Mas é muito bom recebê-los na nossa sala de conferências”, sorriu o treinador, antes de ser repetidamente questionado sobre o trabalho dos juízes nos últimos jogos do Corinthians. Terminada a derrota para o Bragantino, na última quarta-feira, ele havia apontado “algo diferente” desde a repercussão do caso Petros, acusado de agredir o árbitro Raphael Claus.

“Eu também disse que não falaria mais de arbitragem. Isso, a partir de agora, vai ser trado pela direção do clube da forma que ela achar mais conveniente. Fica chato tratar sempre do mesmo assunto, fica parecendo desculpa pós-resultado. Em função disso, não vou mais falar sobre isso. Algumas coisas foram colocadas com a opinião do momento, algumas até com o calor do jogo. O Corinthians vai saber conduzir bem”, comentou.

Djalma Vassão/Gazeta Press

O técnico Mano Menezes brincou sobre sua prestigiada entrevista no CT do Parque Ecológico

O técnico disse que sentiu recentemente os jogadores nervosos em alguns momentos por causa de “muitos lances de interpretação diferente”, porém evitou passar adiante a responsabilidade pelos maus resultados. Negando que suas reclamações deixem os atletas pilhados – para ele, outros treinadores se queixam muito mais do juiz –, o gaúcho mostrou preocupação em acalmar o grupo.

 

“Já estávamos com dificuldade de marcar gols antes de todos esses fatos. A gente separa bem quando não está tomado dessa adrenalina do jogo, da emoção de estar participando dele. O mais importante é reconhecer aquilo que se fez de errado para corrigir e ter autoridade para cobrar quando os outros erram”, disse Mano, recuando de suas declarações de quarta também ao ser questionado se sente perseguido: “Não”.

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