Operação aponta que maioria dos ricos de Jaciara furtam energia elétrica
Uma operação de combate a furto de energia elétrica realizada em bairros nobres de Jaciara, cidade localizada na região Sul de Mato Grosso, superou a expectativa das equipes da Cemat. Das 183 residências fiscalizadas na cidade, considerada de economia forte, 102 estavam com irregularidades e indícios de fraude. A operação foi realizada na semana passada e envolveu 19 equipes da distribuidora de energia.
“O índice de acerto, de 55,74% nas fiscalizações, realmente chamou a nossa atenção. Especialmente porque acreditamos que esses consumidores têm condições de pagar a conta de energia elétrica correta, referente ao real consumo da residência”, conta Marcelo Onoe, gerente de Combate a Perdas da Cemat. Segundo ele, a alteração dos medidores de energia foi a principal irregularidade encontrada.
Jaciara produz cana de açúcar, algodão, milho, mandioca e bem como, a pecuária leiteira. Desenvolve-se a cada dia com maior intensidade a atividade turística, já que a cidade é conhecida pelas suas cachoeiras e pela prática de esportes radicais. O município ainda possui fábricas de grande porte, dentre elas duas usinas de álcool e açúcar, fábricas de rações para animais (gado, cães, gato e peixe), fábrica de compensados, fabrica de forro de PVC, fabrica de colchões e estofados e centros de distribuição da Móveis Gazin e Móveis Romera, que atendem todas as lojas dos grupos no Estado de Mato Grosso.
Marcelo ressalta ainda que a Cemat vai intensificar a fiscalização e o combate ao furto de energia em regiões nobres dos municípios de Mato Grosso. “Começamos por Cuiabá e Várzea Grande e já estendemos para o interior. As atividades seguem em andamento com objetivo e reduzir o índice de furtos e melhorar a qualidade da energia fornecida para todo o Estado”, explica o gerente.
Ao constatar a fraude no medidor de energia, a Cemat substitui o equipamento danificado por um novo e abre procedimento interno para apuração dos danos. Além disso, encaminha o medidor retirado para avaliação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que faz o laudo pericial indicando o percentual de energia consumido sem ser medido. Diante do laudo e com base na série histórica de consumo da unidade, a distribuidora faz a cobrança retroativa da energia consumida e não paga pelo cliente.
O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de reclusão de um a quatro anos e pagamento de multa.
24horasnews