Operação contra organização criminosa busca 41 faccionados que atuam em 4 cidades de MT

Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26), a operação Blood Money, que tem como objetivo cumprir 60 ordens judiciais contra faccionados envolvidos em crimes de homicídios, torturas, roubos e tráfico de drogas em Tapurah e região.

Conforme as informações da assessoria de imprensa do órgão, ao todo são 41 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão, além de 11 determinações de bloqueio de contas bancárias e sequestro de veículos do grupo criminoso. Os mandados são cumpridos em Tapurah, Itanhangá e Cuiabá, sendo 4 dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE).

Investigação aponta que Tapurah, desde 2021, estava sendo palco para uma série de crimes violentos praticados pela facção criminosa atuante na região. Em 2024, a operação Justiça Impura conseguiu desarticular parte da hierarquia do grupo, identificando importantes líderes.

Na operação, foi apreendido o celular de um dos líderes, que já estava preso na PCE. Com o avanço da investigação, foi descoberta agora uma rede de lavagem de dinheiro, que utiliza contas bancárias de laranjas. Movimentações financeiras suspeitas foram realizadas pela forma de PIX. O objetivo é disfarçar o lucro do tráfico de drogas e outros crimes.

Hierarquia

Durante as investigações, foi constatado que os principais líderes da facção mantinham uma estrutura hierárquica forte, com um líder máximo e vários subordinados organizando e coordenando as atividades criminosas na região. Entre as atividades criminosas identificadas estão a comercialização de entorpecentes, torturas e até assassinatos realizados em um contexto de “tribunal do crime”.

A colaboração desses “soldados do crime”, tanto dentro quanto fora do sistema prisional, foi fundamental para o fortalecimento da facção, que utilizava a região como centro logístico para o tráfico de drogas e outras atividades ilegais.

A prisão e separação dos líderes criminosos, que estavam em contato constante mesmo enquanto estavam encarcerados, foram ações estratégicas para enfraquecer a estrutura do grupo.

Descapitalização da Facção

O delegado de Tapurah, Artur Almeida, destacou que um dos principais objetivos da operação foi a descapitalização da facção criminosa, enfraquecendo sua capacidade de financiar atividades ilícitas e reforçar sua estrutura.

Ao realizar o bloqueio de contas bancárias e cumprir os mandados de sequestro de veículos, a Polícia Civil conseguiu interromper a movimentação financeira do grupo, que é essencial para a manutenção das suas operações.

“A desestruturação econômica da facção é um passo crucial para reduzir a violência e as atividades criminosas na região, tornando cada vez mais difícil para o grupo continuar agindo com a mesma intensidade”, explicou o delegado.

PJC-MT