Pagot vai recorrer de condenação e diz que querem prejudicar Blairo Maggi
Condenado por improbidade administrativa e inelegível por 8 anos pelo juiz Alex Nunes, da Vara de Ação Popular e Ação Civil Pública de Cuiabá, o ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot garante que vai disputar as eleições de 2014, quando pretende concorrer a uma vaga de deputado federal pelo PTB, que o tem como uma de suas principais estrelas e puxador de votos.
Pagot foi condenado por improbidade administrativa quando na Secretaria Estadual de Infraestrutura, cargo que ocupou há oito anos na administração Blairo Maggi. Ele, no entanto, garante que vai disputar a eleição normalmente e que se vencer nas urnas vai tomar posse. Segundo ele, sua assessoria jurídica já está trabalhando para quebrar a decisão judicial em instâncias superiores
Luiz Antônio Pagot classificou a decisão do juiz Alex Nunes como puramente política. “Não estão querendo atingir a mim, mas ao senador Blairo Maggi, que foi o governador na época que em atuei como seu secretário. Mas não vão conseguir, os números foram comprovados e o governo Maggi foi um dos melhores das últimas décadas. Mato Grosso nunca andou tanto como na gestão Maggi. Tivemos grandes avanços”, assinalou em nota.
Pagot esclarece ainda que foram centenas de obras entregues com qualidade a preços competitivos. “É lamentável que uma decisão judicial, tente transformar esse gestor em um cidadão excluído, alijado do processo político”, diz trecho de nota encaminha à imprensa.
Pagot assinala que tudo isso é para prejudicar a imagem do senador Blairo Maggi (PR), que na época da suposta irregularidade era governador. Além disso, diz que não existe nenhuma prova concreta contra ele que justifique a condenação.
Com relação a ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual contra um esquema para fraudar processo licitatório da obra do Posto da Polícia Rodoviária Estadual, na Rodovia Emanoel Pinheiro, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães para beneficiar a A.N.N Construções e Incorporação Ltda ele afirma que o que houve foi uma inauguração simbólica. “Foi feita uma inauguração simbólica, que visava fornecer uma estrutura mínima para os Policiais Rodoviários atuarem na rodovia durante o período de final de ano e férias escolares, quando há intenso movimento”, diz a nota.
O ex-secretário ressalta ainda que a obra foi concluída em quatro meses quando foi feita a ligação da rede elétrica. Diz ainda que o posto rodoviário tem apenas 248,64 m2. “É plausível a possibilidade de se realizar a parte estrutural de tal obra em poucos dias, levando em consideração que a parte de terraplanagem já se encontrava pronta e que a empresa trabalhou em regime de jornada dupla”, explica a nota.
Pagot ainda avalia que o juiz é contraditório em sua sentença quando admite não ter havido dano ao erário e que qualquer imputação nesse sentido seria extremada, mas, por outro lado, o sentencia com a suspensão por oito anos de seus direito políticos. “Então, a multa civil seria uma medida extremada, mas a exclusão e o alijamento de um cidadão de bem não são medidas extremadas? Digo isso, uma vez constatado que não houve nenhum dano ao patrimônio público e que a obra do posto da Polícia Rodoviária Estadual foi devidamente concluída e entregue, cumprindo padrão de qualidade e preço competitivo”.
A obra custou cerca de R$ 295 mil, já contando com o acréscimo da importância do termo aditivo, que ocorreu apenas em meados de 2005. O petebista afirma que vai questionar a decisão na esfera judicial assim que a sentença for publicada.
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