Polícia

Pai que matou o próprio filho em Campo Novo do Parecis é condenado a mais de 24 anos de prisão

mApós mais de 10 horas de julgamento, foi condenado a 24 anos de reclusão e seis meses de detenção, Rosenildo Prado, acusado de ter matado o próprio filho com 12 golpes de canivete no 1º dia de janeiro de 2012. A defesa do acusado já recorreu da decisão e um novo julgamento deverá ser marcado.

Por maioria, o júri popular condenou o acusado a cumprir pena em regime fechado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe sem chances de devesa a vítima, resistência e ameaça.

Em um julgamento tenso e com forte teor emocional, a Defensoria Pública, que defendia o acusado, não reuniu provas suficientes para absolver o acusado.

Coube ao Ministério Público, acusar e convencer os jurados de que Rosenildo Prado, não deu chances de defesa e por motivo torpe, matou seu filho, um bebê de apenas 1 ano e dois meses, golpeando-o 12 vezes com um canivete.

A tentativa de desqualificar o réu em um recurso da defesa anterior, afirmando que Rosenildo era incapaz de assumir seus atos, pois não tinha sanidade mental, foi provado o contrário. Segundo laudo médico, Rosenildo a época, era inteiramente capaz e sabia o que estava fazendo.

Ao final do julgamento, bastante emocionada, a mãe da criança agradeceu aos jurados pela pena imposta a Rosenildo Prado.

O julgamento

O julgamento do acusado de matar o próprio filho com 12 golpes de canivete Rosenildo Prado, iniciou na manhã desta sexta-feira (29), por volta da 08h, no Plenário da Câmara Municipal de Campo Novo do Parecis. A defesa de Rosenildo foi a cargo do Defensor Público Dr. Paulo José Martins Grama. Já a acusação, coube ao Promotor de Justiça do Ministério Público, Dr. Luiz Augusto Ferres Schimith.

Entre as testemunhas de acusação a mãe da criança, que bastante emocionada, não se conteve e tentou agredir o réu. Antes de ser ouvida, ela desabafou contra o acusado: “Você acabou com a minha vida, seu desgraçado, tirou meu filho de mim”.

Em relato para o júri, a mãe da criança explicou parte do que ocorreu no dia do crime.

“Ele me ameaçou com uma faca, no momento que eu estava com meu filho no colo, me puxou pelos cabelos, tentei fugir, mas ele pegou o bebê pelos braços e começou a puxar com força, foi quando o soltei e pulei a janela para pedir ajuda”, disse.

Também foi ouvido Luiz Antonio Ferreira da Silva, um dos policiais militares que atendeu a ocorrência no dia do crime.

“Fomos acionados pela mãe da vítima. Ao chegarmos ao local, tentamos conversar com o Rosenildo. Ele se encontrava na porta da casa com o filho no colo e com um canivete em mãos, riscava a barriga do bebê com a arma branca. Rosenildo pediu para que os polícias ficassem desarmados para a negociação. Acatamos a ordem, mas ele não se entregou e atirou o corpo da criança por um buraco feito na porta da casa. A criança apresentava várias perfurações de faca e aparentava estar sem vida”, relatou o policial.

Outra testemunha a dar depoimento foi o escrivão de Polícia Civil, Juliano Peterson, que presenciou o crime e confirmou o relato das outras testemunhas. “Rosenildo pediu para colocarmos a arma no chão, em seguida matou o filho e jogou para o lado de fora da casa”.

Em seguida foi a vez de o réu dar seu depoimento ao júri. Ele relatou não se lembrar de ter cometido o crime. “Naquele dia só consigo me lembrar vagamente de alguns fatos antes, depois não me lembro de mais nada. Só tenho a convicção de que meu outro filho (12 anos a época) me contou de fato o que eu havia cometido. Sei que matei meu próprio filho, peço que me condene, não mereço a liberdade”.

Parecis.net

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *