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PF faz operação em 3 estados para investigar lavagem de dinheiro do tráfico de drogas

Agentes foram às ruas para cumprir 72 mandados de busca e apreensão em Rondônia, Mato Grosso e Pará. Empresas suspeitas de ocultar dinheiro do tráfico são alguns dos alvos.

Mais de 200 policiais federais foram às ruas no início da manhã desta quinta-feira (14) para cumprir 72 mandados de busca e apreensão em três estados: Rondônia, Pará e Mato Grosso. A Operação Dracma investiga a atuação de empresas de Rondônia na ocultação de recursos gerados pelo tráfico de drogas.

Em Rondônia, os mandados são cumpridos nas cidades de Guajará-Mirim, Porto Velho e Ji-Paraná.

Além das buscas, a Justiça determinou o afastamento das funções e o sequestro de bens dos gerentes e proprietários das empresas envolvidas. O valor confiscado é de mais de R$ 70 milhões. Também participam da ação desta quinta servidores da Receita Federal.

São investigados os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas oriundas do tráfico internacional de drogas e sonegação fiscal.

A operação se baseia em 26 inquéritos da Polícia Federal, 36 relatórios fiscais da Receita Federal e 86 laudos de perícia financeira.

Como funcionava o esquema?

  • Em vez de repatriado, parte do lucro das grandes empresas distribuidoras/exportadoras era encaminhada diretamente aos cambistas da Bolívia para fim de custódia de valores.
  • Durante dez anos, centenas de milhões de reais foram enviados de traficantes do Pará nordeste e para contas de pequenas empresas físicas em Rondônia, as chamadas “contas de passagem”.
  • Segundo a PF, depois de receberem os valores, os suspeitos intermediários faziam depósitos sucessivos nas grandes empresas distribuidoras em Rondônia. Estas empresas recebiam os recursos e emitiam as autorizações de pagamentos.
  • Estas autorizações de pagamentos são consideradas cheques ou vouchers, e, após serem efetuadas, credenciavam o portador a sacar o valor nele inscrito em algum cambista boliviano na cidade de Guayaramerin.
  • A PF diz que não havia qualquer emissão de nota fiscal para sustentar a licitude da licitude.
  • Os portadores dos cheques ou vouchers sacavam os valores nos cambistas bolivianos e assim faziam o pagamento de drogas adquiridas na Bolívia.
  • Após serem remunerados, os traficantes na Bolívia forneciam as drogas que abasteciam o tráfico em cidades do Nordeste e do interior do Pará.

Fonte: G1-RO

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