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Polícia Civil apreende arsenal e prende seis no interior de MT

Assassinato de Ademir Pires, ocorrido em outubro do ano passado, teria sido motivado por dívida

armas2A Polícia Civil cumpriu oito mandados judiciais – sete de busca e apreensão e um de prisão temporária – na manhã desta quinta-feira (02), em São Félix do Araguaia (1.200 km a Nordeste de Cuiabá).

A operação “Zona Rural Segura” foi deflagrada com base em investigações do homicídio de um fazendeiro da região e resultou em seis pessoas presas -, além da apreensão de onze armas de fogo e centenas de munições.

F.J.R., de 61 anos, teve o mandado de prisão temporária, de 30 dias, cumprido. Ele é apontado como mandante do homicídio que vitimou o fazendeiro Ademir de Oliveira Pires, no dia 12 de outubro de 2016. Na ocasião, um funcionário da vítima também sofreu tentativa de homicídio.

Logo após o crime, a equipe de investigadores da Delegacia de São Félix do Araguaia iniciou as diligências, nas proximidades da propriedade da vítima. Após quatro meses de investigações, F.J.R. foi apontado como principal suspeito e mandante da execução.

Dois dias antes do crime, o suspeito havia discutido com a vítima, em razão de uma dívida que possuía com o fazendeiro, chegando a ameaçá-lo de morte. A consumação do homicídio aconteceu 48 horas depois, quando pistoleiros executaram a vítima com um tiro na cabeça.

O fazendeiro e seu funcionário seguiam em uma caminhonete quando caíram na emboscada armada pelos assassinos, em uma estrada de terra próximo a sua propriedade, a 150 quilômetros de São Félix do Araguaia. Um funcionário da vítima foi atingido com um tiro do pescoço, mas conseguiu assumir a direção do veículo e fugir.

Com a identificação dos suspeitos, o delegado de São Félix do Araguaia, Valmon Pereira da Silva, pediu a prisão temporária contra F.J.R. e também contra os executares (ainda a serem cumpridos), que foram expedidos pela Justiça.

As ordens judiciais de busca e apreensão foram expedidas para realização de diligências na casa de F.J.R. e de alguns de seus amigos, contra os quais havia suspeita de dar suporte ao suspeito, guardando armas de fogo e dando abrigo aos “seguranças”.

Segundo o delegado, após o crime o clima ficou tenso na região, fazendo com que fazendeiros contratassem seguranças e a população ficasse receosa. “O próprio suspeito passou a andar com escolta armada, com medo de retaliações”, disse o delegado.

Na casa do investigado, foram apreendidas três armas, sendo uma delas de uso restrito, além de várias munições. Um dos seguranças de F.J.R. foi preso em flagrante pelo porte ilegal da arma de uso restrito.

Na fazenda de F.J.R., os investigadores localizaram outras três armas, sendo mais uma de uso restrito, centenas de munições de variados calibres e realizaram a prisão em flagrante de outros dois seguranças.

Durante as diligências, policiais descobriram que F.J.R. tem laços de amizade e grande influência com políticos da região, entre eles prefeitos e deputados.

Na casa e na oficina de um dos amigos do suspeito, foi encontrada uma espingarda calibre 22. O proprietário do imóvel foi conduzido em flagrante pelo posse ilegal da arma. Em outra fazenda, vizinha da propriedade de F.J.R., policiais encontraram quatro armas de fogo de diferentes calibres, uma delas de uso restrito, além de diversas munições. No local, duas pessoas foram detidas pela posse das armas.

Fonte: MídiaNews

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