Polícia Civil procura vendedores desaparecidos há duas semanas
A Polícia Civil ainda não localizou os cunhados Wagner França, 33, e Fábio da Conceição de Campos, 37, desaparecidos há 14 dias, na região do Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá).
Wagner França é vendedor de diamantes, segundo a família. Fábio Campos vende carros.
Na segunda-feira (25), foram ouvidas três testemunhas que estavam em um sítio, na região do Manso, onde a dupla costumava pescar.
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Chapada dos Guimarães, Diego Martiniano, em depoimento, as três pessoas confirmaram que havia outro homem no veículo dos cunhados.
“As três testemunhas afirmaram que tinha um terceiro homem acompanhando-os no carro, como já havia sido dito anteriormente”, disse.
A terceira pessoa no veículo está sendo investigada pela Polícia Civil, que informou ainda não saber quem era o homem.
O delegado contou que a perícia realizada no Celta Prata da dupla não encontrou nenhum sangue ou indício de violência.
O automóvel foi encontrado em 15 de julho, com o para-choque quebrado, na zona rural de Chapada dos Guimarães.
“A perícia no carro não encontrou sangue, nem sinais de violência no carro em que eles estavam”, contou.
As poucas informações conseguidas durante as investigações dificultam a conclusão do caso, segundo Martiniano.
“É complicado, porque não posso confirmar que é um caso de homicídio ou latrocínio. A gente ainda não sabe o que aconteceu”, disse.
Uma nova informação foi repassada à Polícia Civil nos últimos dias, pela esposa de Wagner França. A mulher teria dito que o homem estava trabalhando com diamantes.
“Ela contou, durante depoimento, que o marido estava mexendo com diamantes em terras indígenas”, declarou o delegado.
Apesar de ainda não ter confirmação sobre o motivo que levou a dupla à região do Manso, a Polícia Civil descartou a hipótese inicial de que eles tenham ido pescar.
“A informação que temos é de que o Wagner trabalhava com compras e vendas de automóveis. O Fábio veio acompanhá-lo”, explicou.
A Polícia Civil continua investigando o caso e realizando buscas na região de Chapada dos Guimarães.
Quebra de sigilo telefônico
O sigilo telefônico de Wagner França, o único da dupla que estava com celular, deverá ser quebrado nos próximos dias.
Segundo o delegado Diego Martiniano, o procedimento auxiliará nas investigações do desaparecimento.
“A quebra do sigilo telefônico é um procedimento demorado, mas já foi solicitado. Após a liberação, iremos pedir para que a operadora realize o procedimento”, disse.
As informações sobre as últimas ligações feitas pelo homem deverão ser repassadas até o final da próxima semana.
“Vai ser importante saber quem ligou pra ele e pra quem ele ligou nos últimos dias”, explicou.
Mídia News