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Polícia Civil retoma investigação sobre morte de Marchetti

3ab4ff8c7d774c5d9b95aad211cc7672_1133A pedido do Ministério Público Estadual, o delegado Sidney Caetano de Paiva, de Santo Antonio de Leverger (27 km ao Sul de Cuiabá), retomou  as investigações sobre o assassinato do ex-secretário de Infraestrutura do Estado, Vilceu Marchetti.

O crime aconteceu no dia 7 de julho, na Fazenda Marazul, em Mimoso, distrito de Leverger.

No primeiro inquérito do caso, concluído dez dias após o assassinato, o delegado apontava que o homicídio aconteceu por suposto assédio sexual de Marchetti contra a esposa de Anastácio Marafon, réu confesso do assassinato.

O pedido do MPE foi feito pelo promotor de Leverger, Natanael Moltocaro Fiuza, ao dar parecer contrário ao pedido de revogação da prisão preventiva ao acusado – que encontra-se recolhido na Cadeia Pública de Capão Grande, em Várzea Grande –, no último dia 22 de julho.

O pedido de liberdade havia sido solicitado pela defesa de Marafon.

No parecer, a cuja cópia o Midia News teve acesso, o promotor alega que, mesmo o inquérito tendo sido concluído pelo delegado de Santo Antônio do Leverger, Sidney Caetano de Paiva, “a investigação até agora levada a efeito mostrou-se singela e incompleta”.

O delegado Paiva informou que irá ouvir novas pessoas que estavam na casa no dia do crime, ainda nesta terça-feira (19), na delegacia de Leverger. 

“Na minha opinião. pouca coisa deve mudar. Foi um crime passional, isso já foi confirmado pelo réu e por sua esposa. Vamos apenas concluir alguns pontos, como a distância a que a arma foi jogada e uma nova busca por ela no rio, já que, até agora, não foi encontrada. Na segunda-feira, entrego as informações ao MPE”, explicou o delegado. 

Laudo do IML

O Instituto Médico Legal de Cuiabá concluiu o laudo pericial do crime contra o ex-secretário Vilceu Marchetti, afirmando que não foram dois tiros disparados por Anastácio, e sim três. 

Destes, dois foram na cabeça, porém um pegou de raspão. O terceiro tiro foi no tórax, que acabou transfixando o corpo de Marchetti. 

O exame de residuográfico (para comprovar se existiam vestígios de pólvora nas mãos do assassino) deu positivo, porém a arma do crime não foi encontrada. 

De acordo com o delegado Sidney Paivao local onde arma foi jogada é um pântano e pode estar enterrada, o que dificultaria a sua localização. 

O crime

Segundo a Polícia Civil, Vilceu Marchetti estava atuando como administrador da fazenda “Marazul”, de propriedade de Neri Fulgante, 80 anos.

Anastácio Marafon, que já trabalhava para Fulgante há seis anos em outra propriedade, em Santa Catarina, se preparava para assumir a administração da fazenda, uma vez que Marchetti teria dito a Fulgante que gostaria de tomar conta de sua própria propriedade, também localizada no Pantanal.

No dia de sua morte, Marchetti teria trabalhado durante a tarde com Marafon, na vacinação do gado. 

Ao chegar à sede da fazenda, o ex-secretário teria assediado a esposa do novo administrador, que presenciou a cena, tirou satisfação com a companheira – discussão que teria sido testemunhada pelos netos de Marchetti.

Marafon, então, teria se dirigido armado até o apartamento ocupado por Marchetti na fazenda e entrado em seu quarto. 

Após uma breve discussão – ouvida pelo dono da fazenda –, ele teria disparado os tiros contra o administrador e voltado à sua propriedade, jogando a arma no rio, durante o percurso. Da Assessoria

 

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