Polícia prende grupo que recrutava mulheres para prostituição
Quatro pessoas foram presas por comandar esquema de recrutamento de mulheres de baixa renda, moradoras nos municípios de Cuiabá e Piranhas (Goiás), para encontros sexuais.
Segundo as informações, as jovens recrutadas normalmente estavam enfrentando problemas financeiros e, mediante promessa de ganho fácil de dinheiro, entravam na prostituição.
Os valores cobrados pelos programas sexuais variavam entre R$ 150 e R$ 200, ficando os investigados com R$ 30 ou R$ 50, por indicação do programa.
As prisões são resultados da operação “Boneca de Pano II”, desencadeada na quinta-feira (1º), no município de Barra do Garças (509 km a Leste da Capital), pela Polícia Civil, visando o combate a exploração sexual de adolescentes.
Foram presos D.V.S., F.P.B., M.C.M. e L.F.P.O., conhecido como “Paçoca”, sendo este último preso na cidade de Goiânia (GO).
Todos respondem pelo crime de exploração sexual de criança e adolescente. As ordens de prisão foram expedidas pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças.
Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de prisão (1 preventiva e 3 temporárias), dois mandados de busca e apreensão domiciliar e 25 mandados de condução coercitiva.
O esquema
As investigações conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia de Barra do Garças iniciaram em julho de 2014, com objetivo de desarticular pessoas envolvidas na prática ilegal de exploração sexual de mulheres e adolescentes.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito D.V.S. recrutava as mulheres e alugava quitinetes para que elas esperassem até serem acionadas para manterem relações sexuais com clientes.
Os clientes eram encaminhados por F.P.B., que ficava nas imediações do estacionamento da arena do Porto do Baé e ali negociava os programas sexuais com os homens. Depois de estabelecido o valor, ele ligava para as garotas que se encontravam com os clientes.
A presa M.C.M. ficava nos bares no Porto do Baé também angariando clientes para programas amorosos. Conforme investigação, além de se prostituir, ela agenciava outras garotas e usava um bar para fomentar a atividade ilegal.
Aliciamento
Nas investigações, ficou constatado que L.F., auxiliava M.C.M. atuando no aliciamento de garotas maiores e menores de idade.
Os indícios apontam que os dois angariavam garotas de 20 anos e boa aparência, que eram levadas para uma fazenda. Pela intervenção, L.F. receberia R$ 30 por mulher.
A operação
A operação “Boneca de Pano II” contou com participação de 30 policiais civis, coordenados pelos delegados de polícia de Barra do Garças, Delson Rodrigues de Moura Lopes e Renato Rezende Martins.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos por policiais da 1ª Delegacia de Polícia de Barra do Garças e Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), com apoio da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco) da cidade de Goiânia.
As investigações continuam.
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