Política

Prefeito defende a rescisão do contrato com o Consórcio-VLT

gO prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), defendeu, nesta semana, que o Governo do Estado faça a rescisão do contrato com o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande.

 O grupo, responsável pela construção do modal de transporte, é formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.

 Para Mendes, o consórcio tem demonstrado, em diversas situações, que não reúne condições de concluir as obras, paradas desde o final de 2014.

 “Pelo processo de RDC (Regime Diferenciado de Contratação), o fato de não ter projeto executivo, não ter clareza sobre quanto vai custar a obra e pelo fato de a cada momento apresentar uma nova conta, eu, particularmente, não acredito que essa empresa tenha condições de terminar essa obra”, afirmou o prefeito ao MidiaNews.

“A melhor forma de se terminar o VLT, hoje, é rescindindo com essa empresa, licitando um projeto executivo e detalhando, exatamente, centavo por centavo, quanto vai custar essa obra. E o mais importante é licitar alguém que possa terminar esse modal a um preço justo e com qualidade”, disse.

Segundo Mauro Mendes, a grande maioria das obras de artes feitas para o VLT apresentaria erros.

Ele citou o viaduto Clóvis Roberto, o “Viaduto da UFMT”, que apresenta constantemente problemas no escoamento das águas pluviais, além de um erro na execução de um dos pilares, durante o andamento das obras.

“Essa empresa não reúne as condições, porque, a cada momento, apresenta um novo valor, uma nova conta, sem demonstrar que já fez um monte, com perdão da palavra, de ‘cagada’ pela cidade”, afirmou.

“Aquele viaduto da universidade é um exemplo, além de outras obras de má qualidade. Portanto, em minha opinião, ela não reúne condições para terminar esse empreendimento”, disse.

Licitação dos ônibus

Mesmo sem a definição quanto à conclusão do VLT, Mauro Mendes confirmou que deve lançar, ainda neste ano, o edital para a concessão do transporte coletivo da Capital.

Segundo ele, uma comissão que estuda a nova concorrência pública irá levar em consideração também a não conclusão do modal dentro de um prazo próximo.

“Encomendamos um estudo, que seria em um cenário com a conclusão do VLT. Mas já pedimos uma adequação para trabalhar com dois cenários: com o VLT entrando até a licitação e com o VLT entrando depois de algum tempo”, afirmou.

“Eu não estou estabelecendo um cenário de que esse VLT não fique pronto. Em algum momento, vai ficar pronto. Então, vamos prever em edital essas duas fases”, completou.

VLT

Orçada em R$ 1,477 bilhão – valor que pode chegar a R$ 2,2 bilhões, segundo as empresas responsáveis -, a implantação do VLT na Grande Cuiabá prevê, além da instalação do modal, a compra dos vagões e a realização de 12 obras de arte.

A obra foi iniciada em agosto de 2012 e – após ser suspensa pela Justiça pelo menos duas vezes -, foi paralisada por determinação do Governo do Estado em dezembro de 2014.

Mídia News

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