Quase metade da droga que chega ao Estado vem do ‘céu’; governo quer base aérea em Cáceres
Com efetivo de cem homens para atuar no policiamento de 704 quilômetros de fronteira seca e outros 200 de fronteira alagada, o tráfico ‘aéreo’ figura como uma das grandes preocupações no quesito segurança pública.
Mato Grosso detém um total de 28 municípios em área de fronteira e não conta com nenhuma base específica para a patrulhamento do espaço aéreo. “Nós temos de considerar que o crime é dinâmico. Quando atuamos em uma linha, automaticamente, a criminalidade inova, busca alternativas”.
A construção de uma base, a ser instalada na região Oeste ou Médio Norte do Estado, é uma das propostas apresentadas pelo Governo do Estado ao Ministério da Justiça para auxiliar no combate a essa modalidade de crime.
“O governo do Estado já apresentou essa proposta para que seja construída uma base área na região de Cáceres ou de Tangará da Serra”, cita o titular da pasta da Segurança Pública, Alexandre Bustamante.
Ainda sem uma resposta quanto à sugestão, ele afirma que os governos federal e estadual trabalham com estratégias e ações de inteligência. Na manhã de hoje, mais de R$ 1,5 milhões em equipamentos para auxiliar no processo de fiscalização pelo Gefron foram disponibilizados. “Claro, nós não iremos estancar o tráfico de arremesso, mas podemos melhorar a estrutura para que possam trabalhar”, avalia Bustamante.
Com efetivo de cem policiais, o Gefron possui bases instaladas nas localidades de ‘Avião Caído’ (Porto Esperidião); ‘Matão’ (Pontes e Lacerda); Vila Cardoso (Porto Espiridião) e ainda postos de fiscalização conjunta com o Instituto de Defesa Agroepecuária de Mato Grosso (Indea) em seis pontos. No ano passado, de acordo com o comandante do Gefron, cerca de 800 quilos de entorpecentes foram apreendidos em ações específicas de combate ao tráfico de arremessso.
Investimento
Para reforçar a segurança na fronteira convênio foi firmado entre o Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que totaliza 7,5 milhões. De acordo com o secretário Executivo do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), tenente-coronel Átila Wanderley da Silva, a aquisição faz parte do programa Estratégia Nacional de Segurança na Fronteira que visa proporcionar maior cobertura e mobilidade aos órgãos de segurança, com o objetivo de fortalecer a segurança e o desempenho do serviço de polícia na região de fronteira.
Até o final do ano estão previstos ainda, a instalação de torres, rádios e repetidores que vai permitir a comunicação restrita e segura na fronteira, evitando a interceptação pelo crime organizado.
Por: Assessoria