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Sem repasses, Hospital Regional de Barra do Bugres passa a atender só urgências e emergências

hospitalA unidade hospitalar está há 3 meses sem receber o repasse mensal do Governo do Estado, cujo valor é de R$ 712 mil reais mensais. Os recursos são necessários para manter funcionando o Hospital Regional de Barra do Bugres.

No mesmo prédio funciona o Pronto Socorro do Município, que a partir de agora só vai atender urgências e emergências porque a Prefeitura da cidade também não está fazendo o repasse de recursos que deveria, segundo os administradores da unidade.

Aroldo Lima, Diretor Administrativo do Hospital Regional de Barra do Bugres disse que não há greve no Hospital, mas confirmou o cancelamento de cirurgias eletivas. “O Hospital não está em greve. Estamos funcionando de forma paliativa, no sentido de atendimento de urgência e emergência. O que não estamos atendendo são principalmente as cirurgias eletivas, aquelas agendadas via regulação. Temos demanda muito grande destes procedimentos, mas são cirurgias não emergenciais. O Hospital se encontra com atendimento ambulatorial normal e o Pronto Socorro funcionando normalmente”, disse.

Sobre o cancelamento das cirurgias agendadas ele explicou: “O motivo é simples, nós trabalhamos com repasses do Estado e da Prefeitura de Barra do Bugres, no entanto, não estão acontecendo estes repasse e por isso não temos como trabalhar. Os médicos estão sem receber há cerca de 3 meses já”.

O médico Divino Henrique, diretor clínico e técnico do Hospital Regional disse em entrevista à Rádio Pioneira que está há três meses sem receber salário. Ele também destacou que não há greve, mas um ajuste no atendimento oferecido para trabalhar dentro das possibilidades. “O nosso Pronto Socorro está funcionando. Estamos sobrecarregados com 90 a 120 dias no Pronto Socorro até porque não temos cobertura de saúde básica adequada. Se alguém está indo para Tangará é por livre e espontânea vontade”, afirmou.

O médico também destacou que o Hospital está sem repasses do Governo do Estado e da Prefeitura de Barra do Bugres. Ele ressalta que o Pronto Socorro não é responsabilidade do Consórcio Regional. “O Hospital é administrado pelo Consórcio e mantido pelo Estado. Já o Pronto Socorro é mantido pela Prefeitura que deveria repassar os recursos. Agora vão ver que vamos atender somente urgência e emergência a partir de hoje. Não tem como tocar um serviço deste porte, sem recursos”.

Divino Henrique elogiou a equipe e a estrutura do Hospital, mas reforçou que não há como manter o atendimento sem o repasse de recursos. “Eu por exemplo estou há 3 meses sem receber. Meu último salário foi em junho. Como vou manter minha família? Então, se não houver ajuda do Estado e da Prefeitura não existe como tocar o serviço. Não estamos em greve. Alguns médicos decidiram não fazer mais cirurgias eletivas, mas emergências estão sendo atendidas. O Hospital não está parado, mas o Pronto Socorro vai ficar parado a partir de hoje, a não ser a urgência e emergência”. (Colaborou Gilmar Ferreira)

RadioPioneira

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