Sem RGA, servidores estaduais fazem paralisação geral e protestam na Seges e Aprosoja nesta terça-feira
Servidores públicos estaduais de Mato Grosso paralisam as atividades nesta terça-feira (17), em protesto ao não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) 2016, que repõe as perdas da inflação do ano passado. Para cobrar a reposição de 11,28%, o Fórum Sindical, que conta com 32 entidades afiliadas, organizou a mobilização, que deve ter início às 9h em frente à Secretaria de Estado de Gestão (Seges), no Centro Político Administrativo (CPA).
No local, devem ser realizadas assembleias gerais de três sindicatos: Profissionais da Área Meio (Sinpaig), Servidores da Saúde e do Meio Ambiente do Estado (Sisma) e Servidores da Carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econômico e Social (Sindes). A orientação do Fórum é que seja votado nas assembleias de cada categoria o indicativo de greve para o dia 24, caso não haja pagamento do RGA até lá. A intenção é mobilizar os servidores para deflagrar uma greve geral do Poder Executivo estadual.
Após a mobilização na Seges, a previsão é que os servidores sigam para a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), que também fica no CPA. Como o Fórum Sindical sugeriu ao governador Pedro Taques (PSDB) que as commodities sejam taxadas para incrementar a arrecadação do Estado, a intenção é marcar posição frente ao setor do agronegócio.
Em seguida, eles caminham até a Assembleia Legislativa, onde os dirigentes sindicais participam da reunião do Colégio de Líderes com os deputados estaduais, às 15h, para tratar da questão do RGA. A reunião atende a requerimento do deputado Emanuel Pinheiro (PMDB). Na última quinta-feira (12), o secretário de Estado de Gestão, Júlio Modesto, esteve no plenário da Assembleia e discorreu sobre as dificuldades de não pagar o RGA devido à crise econômica pela qual passa o país.
No dia 10, cerca de 5 mil servidores participaram de uma mobilização que iniciou na Praça das Bandeiras e percorreu ruas do CPA, passando pelo Palácio Paiaguás e finalizando na Assembleia. No dia 6, o governador Pedro Taques (PSDB) anunciou que não pagaria o RGA na data base de maio, pois não havia caixa para bancar a reposição, que custaria R$ 628 milhões somente este ano, além de extrapolar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Fonte: OlharDireto