Sem transporte, usuários são prejudicados em Cuiabá e Várzea Grande
Motoristas entraram em greve nesta quinta-feira (28); categoria pede reajuste salarial.
Mias de 500 mil usuários de transporte público de Cuiabá e Várzea Grande foram prejudicados, nesta quinta-feira (28), em função do primeiro dia de greve dos motoristas do transporte coletivo.
A categoria não cumpriu com a decisão da desembargadora Beatriz Theodoro, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determinou que 70% dos ônibus circulem durante os horários de pico e 50% nos demais horários.
Até às 7h, nenhum ônibus havia deixado as garagens das empresas na Grande Cuiabá.
A diarista Maria de Conceição, 36, moradora do bairro Jardim Glória, em Várzea Grande, teve que desembolsar R$ 30 reais para pagar um mototáxi a fim de chegar ao trabalho, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá.
“É muito difícil essa situação. Espero que seja resolvido logo, porque não tem como ficar pagando mototáxi todos os dias”, reclamou a diarista.
Alguns usuários que não tiveram condições de pagar mototáxi ou táxi desistiram de aguardar os ônibus nos pontos e tiveram que faltar o serviço ou escola.
Foi o caso da estudante Emanuelly Oliveira, de 17 anos. Ela afirmou que saiu de casa mais cedo, acreditando que iria conseguir pegar um ônibus, mas não obteve sucesso.
“Infelizmente terei que falta aula hoje. Assim como eu, vários amigos já comentaram que irão faltar”, disse.
Greve
A categoria não aceitou a proposta apresentado pelo Sindicato das Empresas de Transportes Coletivo Urbano do Estado (STU), em reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na terça-feira (25), e decidiu, em assembleia-geral, paralisar os serviços nesta quinta-feira (28).
Os profissionais pedem um reajuste de 20% no salário dos motoristas, e 10% para os demais servidores.
Atualmente, um motorista recebe R$ 1,8 mil.
A categoria exige, ainda, um aumento de 10% no ticket de alimentação, que hoje é de R$ 100, e do abono dos motoristas que fazem a função de cobrador.
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