Sumiço de manicure em MT faz 100 dias
O desaparecimento da manicure Sandra Godoy, de 29 anos, completou 100 dias nessa quarta-feira (6). A jovem sumiu no dia 28 de setembro quando viajava de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, para Ribeirão Cascalheira, município localizado a 893 km da capital. A Polícia Civil investiga o caso. O ex-namorado da jovem, que está preso, é o principal suspeito de ser o responsável pelo sumiço.
O ex-namorado, que tem 55 anos, teve a prisão preventiva prorrogada por mais 30 dias pela Justiça. Ele foi detido após a polícia encontrar vestígios de um material parecido com sangue em sua caminhonete. Ele nega ter relação com o desaparecimento da mulher.
Segundo José Carlos Godoy, pai de Sandra, os parentes estão mantendo contato com a polícia. “Meu filho está acompanhando as investigações na delegacia, mas na família estão todos abalados. Todo mundo sofrendo e angustiado”, revelou ao G1.
O irmão da manicure, Luis Carlos Godoy, chegou a parar de trabalhar para tentar conseguir pistas em relação ao paradeiro de Sandra. “Essas buscas fiz nas estradas de chão e asfalto de Canarana para Ribeirão Cascalheira, em estradas abandonadas e beiras de estradas. Na região de Ribeirão Cascalheira fui até nas proximidades de Porto Alegre do Norte [cidade localizada a 1.143 km de Cuiabá]”, contou.
O caso é investigado atualmente pelo delegado Welber Batista Franco, da Polícia Civil de Água Boa, município localizado a 736 km de Cuiabá. De acordo com o delegado, o ex-namorado da manicure é o principal suspeito do caso porque ele foi a última pessoa que teve contato com ela. Ele está preso desde o dia 1º de dezembro na Cadeia de Água Boa.
Ainda de acordo com a polícia, o suspeito tem apresentado contradições em alguns depoimentos, mas, nega envolvimento com o desaparecimento da mulher. O delegado aguarda os laudos da perícia para verificar se o material colhido no veículo dele se trata de sangue humano.
Entenda o caso
Sandra Godoy desapareceu no dia 28 de setembro quando viajou de Barra de Garças, cidade onde morava, com destino a Ribeirão Cascalheira. No caminho a jovem telefonou para a filha de 12 anos informando que estava tudo bem e, depois disso, não entrou mais em contato com a família.
Na ocasião do desaparecimento alguns amigos da manicure afirmaram que ela tinha dito que viajaria para receber uma dívida. À época, Letícia Godoy, irmã de Sandra, afirmou que achava que o caso se tratava de uma emboscada.
“Imaginamos que alguém tenha feito uma armadilha para ela. Minha irmã jamais ficaria tanto tempo sem manter contato, até porque morava só ela e a filha e ela se preocupava muito com a menina. Ela não desgrudava do celular”, disse.
A manicure conversou com a filha de 12 anos provavelmente quando parou para comer na rodoviária da cidade de Canarana. “Ela falou para a minha sobrinha, por telefone, que, quando chegasse em Ribeirão Cascalheira, iria avisá-la, mas não telefonou”, disse Letícia.
G1-MT