SUPERMAN PANCADÃO – Federal mantém caça a seis traficantes de drogas
Seis membros da quadrilha de tráfico internacional de drogas, desencadeada pela Polícia Federal na semana passada, encontram-se foragidos. Dentre os investigados, cinco são de Pontes e Lacerda (448 Km a Oeste da Capital) e um de São Paulo. A ação faz parte da Operação Hybris, deflagrada na última quarta-feira (08).
A quadrilha da grife “Superman Pancadão” já movimentou cerca de R$ 30 milhões com o tráfico de drogas. Ao todo, a Justiça expediu 36 mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 48 de busca e apreensão a serem cumpridos em Cuiabá, Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade e Pontes e Lacerda, além de ordens judiciais determinadas para Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e Minas Gerais.
Cerca de 3 mil cabeças de gado foram apreendidas na cidade de Pontes e Lacerda. Além do rebanho, policiais apreenderam 100 quilos de cocaína, relógios de luxo, veículos, dinheiro em espécie – tanto dólares quanto reais -, entre outros objetos.
Segundo polícia, a droga era transportada da Bolívia para o Brasil por avião e por tranporte terrestre, utilizando as estradas do estado e a fronteira de Mato Grosso com o país vizinho. O produto era distribuídos nos municípios de Cáceres, Vila Bela, Pontes e Lacerda e Cuiabá.
O transporte da cocaína para os estados abastecidos era feito com apoio de carretas, carros pequenos e avião. O delegado destaca que a quadrilha usava muitos modos de atuação no transporte.
Entenda o caso
De acordo com a PF, o inquérito policial foi iniciado em 2013 através de informações de inteligência coletadas durante a Operação Sentinela, do Ministério da Justiça, que identificou um grupo criminoso dedicado ao tráfico de drogas atuando no município de Pontes e Lacerda e circunvizinhanças, responsável por frequentes carregamentos de cocaína oriunda da Bolívia para os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Pará, Maranhão e para Europa.
Para atestar a qualidade do produto, os criminosos rotulavam a droga com a imagem do personagem “Superman”, seguida da palavra “Pancadão”, que remete ao líder da organização, existindo outras apreensões no país e no exterior de drogas com esta marca não relacionadas à operação Hybris.
A organização criminosa é fortemente estruturada e hierarquizada, com liderança firme e divisão de tarefas, incluindo a participação de casas de câmbio para a compra de dólares utilizados na negociação e a adoção de práticas violentas para aterrorizar inimigos e moradores da região de fronteira, possuindo ligações políticas que culminaram na utilização de empresas fantasmas e contratos com órgão público municipal para lavar o dinheiro obtido com o tráfico.
Para a deflagração estão sendo utilizados 220 Policiais Federais, contando com o apoio do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal.
O nome da operação remete a um conceito grego que pode ser traduzido como “tudo que passa da medida, “descomedimento” e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência, que com frequência termina sendo punida.
(Com informações de Priscila Silva e Fernanda Escolto)