Supremo aprecia recursos, mas a definição sairá apenas em 2014
O julgamento dos recursos contra condenações no escândalo do Mensalão começa no próximo dia 14 de agosto. A data foi marcada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa. Entre os que aguardam o desfecho da situação está o deputado federal Pedro Henry (PP), que foi condenado por corrupção passiva, com pena de 2 anos e 6 meses de reclusão, mais multa de R$ 360 mil e lavagem de dinheiro, por 4 anos e 8 meses de reclusão, mais multa de R$ 572 mil.
O advogado de Henry, José Antônio Alvarez, está confiante de que os recursos interpostos serão acatados e afirma que o dia 14 deve ser decisivo para o andamento do julgamento. Na ocasião, será avaliado o pedido de redistribuição do processo, cancelamento de gravações, mudança de relator e se o julgamento no Supremo será exclusivo, como antes.
Ele lembra, contudo, que todo o trâmite deve demorar, pois os processos são volumosos e há dois ministros novos, que não participaram do outro julgamento: Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki. Eles têm 70 mil páginas para analisar, a fim de se inteirar de todos os casos.
Quanto ao pedido de redução de pena de Pedro Henry, Alvarez aponta que isso só será analisado durante o julgamento em si, que tende a não terminar neste ano. Segundo o advogado, há muitos ministros que discordam do excesso de velocidade de todo o processo. Há aqueles que acreditam que as prisões dos condenados só ocorrerão em 2014. Atualmente, são 25 réus e todos apresentaram recurso de embargo de declaração.
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