Taques retoma obra abandonada há 30 anos e diz que entregará Centro de Reabilitação em 2016
Após mais de 30 anos de paralisação, as obras do Hospital Central foram oficialmente retomadas na manhã nesta quinta-feira (17) pelo governador Pedro Taques (PSDB), com o apoio da sociedade civil organizada.
A ideia é que o prédio que seria do Hospital Central do Estado se torne a “Cidade da Saúde”, composta pelo Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidade (Cermac), Hospital Materno Infantil, Central de Regulação do Sistema Único de Saúde e MT Laboratório. Tudo isso a um custo estimado de R$ 80 milhões.
No ato de lançamento, Taques afirmou que as obras devem se concentrar, em um primeiro momento, na construção do Cridac, previsto para ser concluído até 2016. Para isso, o governo já conseguiu doações no valor de R$ 3,5 milhões, dos R$ 6,5 milhões necessários para o Cridac.
“Essa obra será construída com recursos da iniciativa privada, mas, se faltar dinheiro, o Estado, na minha administração, buscará soluções para finalizá-la”, garantiu Taques.
Com esse montante serão feitas as obras físicas e adquiridas as mobílias e equipamentos necessários para o funcionamento da unidade de saúde, com a expectativa de atender cinco mil pessoas por mês com serviços de reabilitação física, auditiva, intelectual e ortopédica.
A arrecadação das doações está sendo feita pelo secretário Paulo Brustolin, de Fazenda, e pela primeira-dama Samira Martins, do Núcleo de Ações Voluntárias. Samira já adiantou que novas ações serão realizadas em breve para arrecadas mais fundos para a construção do hospital.
“Já ganhamos um leilão de gado da Acrimat, um show do Sindipetróleo e o Sesi deu um outro show de um artista nacional, mas a data não está confirmada ainda”, disse.
30 ANOS
As obras do Hospital Central do Estado tiveram início em 1984, durante o governo Júlio Campos (DEM). O local deveria fornecer 300 leitos para atender à média e alta complexidade do Estado.
Três anos após o lançamento da obra, houve a primeira interdição, a mando do ex-governador e atual Carlos Bezerra, presidente do PMDB em Mato Grosso. Foi retomada em 1991 pelo ex-governador Jayme Campos (DEM), mas também não saiu do papel.
O Hospital foi objeto de promessa de vários governadores. O mais recente, Silval Barbosa (PMDB) havia anunciado que iria retomar as obras no primeiro trimestre do passado. À época, a intenção ainda era fazer um Hospital, que ficou orçado em R$ 120 milhões.
ALVO DE PROTESTOS
No ano de 2013, durante as manifestações do “#VemPraRua”, a população chegou a se manifestar em frente a construção do hospital, que atualmente está tomado pelo mato. Eles fizeram orações e cantaram o Hino Nacional.
O ato de repúdio se deu por conta dos manifestantes alegarem que todos os candidatos ao governo têm em seu plano a construção do hospital, mas nunca saiu do papel.
Hipernotícias
Fotos: Chico Valdiner / Gcom-MT