Política

Taques usa tribuna para criticar governo Silval e ironiza ‘salmão’

deb60d670f7505921d3b2419a87f25a5Considerado um dos principais nomes da oposição para a eleição de governador em 2014, o senador Pedro Taques (PDT) voltou a usar a tribuna do Congresso Nacional para criticar o governo do Estado. As críticas foram feitas ao mesmo tempo em que o parlamentar defendeu professores que estão em greve por melhores condições de trabalho.

Taques usou a tribuna para lembrar os últimos escândalos envolvendo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), além dos números que, para ele, demonstram o péssimo nível do setor.

Além das críticas, Taques cobrou a mudança de prioridade da pasta, ironizando a licitação que foi suspensa para compra de buffet depois de muita polêmica e somaria R$ 7,7 milhões. “Menos salmão ao molho tártaro e mais respeito aos profissionais da educação. É disso o que precisamos”.

O senador lembrou ainda decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que detectou dezenas de irregularidades, além de apontar problemas em escolas do interior, como o Colégio Estadual João Batista, em Tangará da Serra (a 240 km de Cuiabá), onde cadeiras estão quebradas e não há reforma há quase 30 anos.

Os professores da rede estadual estão em greve há 15 dias. Eles querem dobrar, em 7 anos, o poder de compra do salário, viabilizar maior transparência na aplicação dos recursos do setor, integralizar o piso salarial local à luz da proposta para 2013, aplicar a hora-atividade aos professores contratados e dar posse aos classificados no último concurso público para a área da educação.

Aliado do prefeito Mauro Mendes (PDT), Taques foi econômico ao tratar da greve dos professores da rede municipal de Cuiabá. Alegou confiar no aliado e na promessa de que a situação será resolvida na Capital.

ASSIDUIDADE

Essa é a segunda vez que Taques usa a tribuna do Senado para criticar o governo em menos de 2 meses. No início de junho, cobrou transparência na aplicação de recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e defendeu investigação através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa.

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO

O secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, afirma que o governo tem promovido muitos avanços na área. Defende ainda que os professores dêem uma trégua na paralisação enquanto as reivindicações são discutidas.

“Estamos climatizando mais de 300 escolas, adquirindo mais de 1,5 mil ônibus para o transporte escolar, enfim, são muitas ações. Lógico que muito ainda precisa ser feito, mas algumas coisas podem ser discutidas com o retorno ao trabalho, como é o caso da reivindicação de dobrar o poder de compra em 7 anos”, afirma Ságuas.

O titular da Seduc argumenta que o estudo sobre a viabilidade financeira dessa reivindicação demoraria cerca de 30 ou 40 dias. Por isso, a paralisação poderia ser suspensa enquanto se discute o item. A educação tem cerca de 40 mil professores e 430 mil alunos.

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