Terra indígena tem sido alvo de incêndios criminosos, denuncia Ibama
A terra indígena Marãiwatsédé, localizada em Alto Boa Vista (1.019 km de Cuiabá), tem sido alvo de inúmeros focos de incêndios de origem criminosa. A informação é do Centro Especializado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama).
Com uma área total de 165.000 hectares, estima-se que 31.000 hectares da reserva xavante já foram queimados.
O Prevfogo está combatendo o fogo com os brigadistas do Assentamento Bordolândia. A situação está difícil para o combate, segundo a entidade, em virtude da ação criminosa de vândalos que estão ateando fogo em várias partes da terra indígena.
Dados de satélites utilizados pelo Prevfogo, para monitorar os focos de calor na região, registram que a maioria das queimadas está localizada próxima das rodovias que cortam ou circundam a área indígena.
Segundo o coordenador estadual do Prevfogo, analista ambiental Cendi Ribas, desde janeiro foram detectados 888 focos de calor nas terras indígenas de Mato Grosso.
“Nos últimos 30 dias, período proibitivo de queimadas, foram detectados 654 focos. Só na TI Maraiwatsede foram 120 focos”, disse.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e vai enviar uma equipe de Barra do Garças para ajudar os brigadistas no combate aos incêndios.
Forças policiais estão sendo solicitadas para identificar e prender os criminosos ambientais, segundo o Prevfogo.
Os danos para o meio ambiente são elevados, pois, além dos gases emitidos para a atmosfera, a biodiversidade da região será bastante comprometida. Há, também, o risco do fogo perder o controle e atingir lavouras e propriedades fora da terra indígena.
Agencia da Noticia