Trabalhadores dos Correios entram em greve em Mato Grosso
Os trabalhadores dos Correios em Mato Grosso entraram em greve, nesta quarta-feira (16), por tempo indeterminado.
A decisão pela paralisação segue uma diretriz nacional, após os trabalhadores rejeitarem a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em assembleia realizada na terça-feira (15).
De acordo com o diretor de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios, Telégrafos e Serviços Postais de Mato Grosso (Sintect-MT), Luciano Gomes, a greve está sendo aderida aos poucos pelos municípios do interior do Estado, mas já atinge todas as agências de Cuiabá e Várzea Grande.
“Nós estamos em greve por falta de condições de trabalho e de segurança e pelo reajuste salarial. Em assembleia, não entramos em acordo com o que nos foi oferecido pelo TST”, afirmou.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 12% e mais R$ 300 no aumento linear, além de desconto referente ao plano de saúde de 13% sobre o salário de início de carreira.
A proposta feita pelo TST previa aumento linear de R$ 200 para todos os trabalhadores, em forma de gratificação.
O pagamento seria feito da seguinte forma: R$ 150 a partir de agosto de 2015 e mais R$ 50 a partir de janeiro de 2016, com incorporação de 25% dos R$ 200 em agosto de 2016; reajuste de 9,56% nos benefícios vale cesta, vale-alimentação/refeição, auxílio para dependentes especiais e auxílio creche/babá a partir de agosto de 2015; incorporação de R$ 150 da Gratificação de Incentivo à Produtividade, que segundo os Correios já está sendo paga desde o ano passado, sendo R$ 100 em janeiro de 2016 e R$ 50 em maio de 2016, além da manutenção do plano de saúde.
Paralisação nacional
Segundo Luciano Gomes, essa é a primeira vez, em três anos, que a categoria consegue unificar a categoria em vários Estados do país.
“É um grande avanço conseguirmos unificar nossa categoria. São Paulo e Rio De Janeiro, que são metrópoles, aderiram à greve juntamente com outros Estados”, disse.
Entregas suspensas
Em Mato Grosso, os funcionários estão reunidos em frente ao Centro de Entrega de Encomendas (CEE), que é de onde saem as encomendas para todo Estado.
Conforme Luciano, todas as entregas estão suspensas e apenas os 30% dos serviços garantidos por lei estão sendo mantidos.
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