TVCA afirma que MPF foi informado de reportagem sobre teste na segurança de fronteira
A Rede Globo de Comunicação informou na manhã de hoje, 13, que o Ministério Público Federal (MPF) em Cáceres (a 250 km de Cuiabá) havia sido informado quanto à produção de matéria jornalística enfocando a segurança da fronteira entre Brasil e Bolívia.
No final da tarde de segunda-feira (12) uma equipe com quatro profissionais – coordenada pelo jornalista Alex Barbosa – foi detida por uma equipe do Grupo Especializado em Segurança de Fronteira (Gefron) com um carro ‘recheado’ com invólucros contendo substância branca no porta-malas. A apreensão do material foi realizada na BR-070, próximo à localidade conhecida como ‘posto do Limão’.
Como havia a suspeita de que o material fosse entorpecente, os quatro acabaram encaminhados para à Delegacia da Polícia Federal em Cáceres onde prestaram esclarecimentos ao delegado Adair Gregório. Na madrugada, após a comprovação de que não se tratava de substância entorpecente, a equipe foi liberada.
Em nota veiculada na manhã de hoje durante a edição do jornal Bom Dia Mato Grosso a emissora divulgou um comunicado onde o comunicado feito ao MPF de Cáceres, assim como divulgou nota fiscal da aquisição de gesso em pó material que foi usado pela reportagem na simulação.
A reportagem do Olhar Direto ainda não obteve contato com o diretor de jornalismo da Rede Globo em Mato Grosso, Gustavo Bortolli, para comentar o episódio.
Na noite de segunda-feira, 12, em entrevista ao Olhar Direto, o secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, informou que um procedimento deve ser instaurado para que a situação seja apurada considerando que forças de segurança foram mobilizadas para atendimento da situação.
“Vamos analisar este caso a fundo. Precisamos saber o que aconteceu primeiro. Devemos instaurar um inquérito, porque a máquina do Estado foi acionada para isto. Tirar recursos da fronteira para fazer uma matéria é inadmissível, se este for o caso. Parabenizo mais uma vez a equipe do Gefron pelo trabalho. Mostra que estamos atentos e protegendo a nossa fronteira. Fui promotor nesta região durante anos e sei como é difícil”, declarou.
Fonte: Patrícia Neves – Olhar Direto