Política

Wagner Ramos propõe reforma tributária, no Estado, em 2018

“Precisamos encontrar solução sem cortar benefícios porque – caso contrário – poderemos ter um desastre muito grande em Mato Grosso”

wrO deputado Wagner Ramos (PSD) chamou a atenção – na manhã desta terça-feira (06) – para os problemas econômicos enfrentados pelo Estado. O alerta partiu do parlamentar durante audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização (CFAEO) da Assembleia Legislativa – da qual faz parte – para apresentação do Relatório de Cumprimento de Metas Fiscais relativas ao 1º Quadrimestre de 2017.

Ele disse que, embora Mato Grosso alcance superavit na arrecadação – impulsionado por parte da agricultura – as grandes empresas sofrerão prejuízos enormes. Também, que as Secretarias de Estado de Planejamento e de Fazenda têm aberto suas portas para apresentar os números e mostrar como está a economia estadual. Seu principal alerta foi para o grande número de pessoas convocadas no último concurso público.

“Esse chamado, principalmente na área de Segurança, fez com que a folha de pagamento do Estado fosse muito aumentada. Estamos vendo os gráficos. Acompanho frequentemente porque faço parte da Comissão de Fiscalização do Orçamento. Percebemos que, em certos pontos, o tamanho da folha salarial ultrapassa – inclusive – a arrecadação atual”, observou.

O alerta foi para a crise que o Estado está passando, assim como o Brasil, com inúmeras empresas fechando as portas, entre outras que deixaram de arrecadar para o Estado. “Aí está o déficit!”, observou Wagner.

Ele defende que a Assembleia Legislativa converse com o governo e ambos busquem conjuntamente a melhor forma de resolver a situação, e que seja alcançado o “nível máximo” de qualidade no atendimento à saúde da população. “Temos hospitais fechando suas portas, clínicas e hospitais conveniados que não estão mais suportando. É preciso dinheiro novo, caso contrário ficaremos debatendo todos os meses, todos os dias, sem achar uma solução eficiente para resolver esse problema em Mato Grosso”, alertou.

Sobre a alternativa apontada pelo Fórum Sindical – de redução fiscal, Wagner disse estar preocupado em relação aos benefícios concedidos às empresas. “Nossa preocupação é grande em relação a isso. Temos muitas empresas, em Mato Grosso, que recebem benefícios fiscais. E um número significativo delas precisa desses incentivos para poder continuar atuando, mantendo o número de funcionários”, observou o parlamentar.

A sugestão que ele tem para o governo é que seja dobrado o imposto pago pelos incentivados, atingindo uma meta de 6% a 7%. Com isso, os problemas poderiam ser resolvidos de imediato para as empresas “empatarem” e não serem prejudicadas. “É uma ideia nossa! Estamos discutindo e precisamos fortalecê-la. Precisamos encontrar solução sem cortar os benefícios porque – caso contrário – poderemos ter um desastre muito grande em Mato Grosso com empresas fechando suas portas”, completou Wagner.

Sobre uma possível oneração do óleo diesel, ele fez questão de frisar que, em “opinião pessoal”, é contra porque surgirão problemas nos transportes escolar e coletivos – urbano e interestadual, além de – também – na agricultura. “Taxar o óleo diesel hoje, com acréscimo, seria um desastre enorme para a economia de Mato Grosso”.

Wagner Ramos lembrou que não faz parte, mas está acompanhando de perto o trabalho de uma comissão formada com prefeitos mato-grossenses para discutir alternativas em busca de outras saídas sem onerar Mato Grosso, o que – segundo ele – seria catastrófico. Para o parlamentar, a solução seria a reforma tributária, desde que ela não produzisse medidas para 2017 mas – apenas – para 2018.

Por Fernando Leal

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *