Ex-membro da Fifa admite ter recebido propina na escolha das Copas de 98 e 2010
Chuck Blazer integrou o Comitê Executivo da entidade e foi secretário-geral da Concacaf entre 1990 e 2011.
Considerado uma testemunha importante na investigação do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, sobre corrupção no futebol, Chuck Blazer confessou nesta quarta-feira que ele e outros membros da Fifa receberam propina durante o processo de escolha das sedes da Copa do Mundo de 1998, na França, e 2010, na África do Sul.
Blazer, de 70 anos e nascido em Nova York (EUA), integrou o Comitê-Executivo da Fifa de 1996 a 2013 e foi secretário-geral da Concacaf entre 1990 e 2011. Segundo a FBI, ele é conhecido como “Senhor 10%”, por causa de participações em esquemas de corrupção na entidade.
“Entre outras coisas, concordei com outras pessoas, em 1992 ou perto disso, em facilitar a aceitação do suborno na seleção do país-sede da Copa do Mundo de 1998”, disse Blazer, em depoimento nesta quarta, nos Estados Unidos. “Eu e outros do Comitê Executivo da Fifa concordamos em aceitar propinas para eleger a África do Sul como país-sede para a Copa do Mundo de 2010”, completou.
Blazer está detido desde 2011, e concordou em colaborar com as investigações do FBI sob a condição de delação premiada. Suas informações ajudaram a polícia a dar início a uma operação anticorrupção, que já prendeu nove dirigentes ligados à Fifa, entre eles José Maria Marin, vice-presidente da CBF.
Por conta das suspeitas de corrupção envolvendo membros da entidade e da pressão de filiados e patrocinadores por transparência, Joseph Blatter renunciou à presidência da Fifa quatro dias após ser reeleito – novas eleições devem acontecer entre novembro e abril de 2016.
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